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“Sem o Acordo de Paris, o aquecimento global estaria descontrolado”, diz secretário do Clima da ONU

“Sem o Acordo de Paris, o aquecimento global estaria descontrolado”, diz secretário do Clima da ONU
Durante painel que fez um balanço dos dez anos do Acordo de Paris na Cúpula dos Líderes em Belém (Pará), nesta sexta-feira (7), o secretário executivo da ONU para Mudanças Climáticas, Simon Stiell, defendeu a aceleração da cooperação internacional e do financiamento climático. Ele abordou os desafios das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Stiell destacou avanços desde o histórico encontro de Paris e apontou que, “sem aquele ato de coragem coletiva, ainda estaríamos a caminho de um futuro impossível, de aquecimento descontrolado de até 5°C”, mas que, graças à cooperação internacional, “a curva foi reduzida para menos de 3°C – ainda perigosa, mas prova de que a cooperação climática funciona”.
Stiell ressaltou o crescimento da energia limpa no mundo, apontando que “no último ano, dois trilhões de dólares foram destinados a energias renováveis – o dobro dos combustíveis fósseis”, e que “noventa por cento da nova capacidade energética mundial foi renovável”. Entretanto, reforçou que ações ambiciosas só têm efeito com recursos suficientes: “Planos sem financiamento não podem alcançar todo seu potencial. O financiamento é o grande acelerador”.
Durante a fala, o secretário cobrou mais empenho dos países que ainda não apresentaram seus planos climáticos atualizados e elogiou aqueles que já o fizeram. “Aqui em Belém, devemos acelerar em todas as frentes. Isso significa dobrar os esforços em cooperação internacional, nossa arma não-tão-secreta na luta climática”, afirmou. Segundo Stiell, o roteiro traçado para tornar viável o salto de US$ 300 bilhões para US$ 1,3 trilhão anuais até 2035 “precisa se tornar realidade”, pois esse é “um investimento em estabilidade e prosperidade, não caridade”.
Por fim, ele apontou que o Acordo de Paris mostrou que a cooperação global funciona, mas “ainda não com a velocidade necessária”, e concluiu: “A história não perguntará o que pretendíamos, mas o que alcançamos”.

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