Em uma disputa que não deve contar com a participação e o voto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT elegerá neste domingo suas novas direções nacional, estaduais e municipais.
Na corrida pelo comando nacional do partido, Edinho Silva é considerado o nome favorito. Disputam com ele Romenio Pereira, Rui Falcão e Valter Pomar.
Durante a campanha, eles participaram de debates e apresentaram suas proposições para organizar a legenda para os próximos anos.
As estratégicas e articulações possíveis para tentar garantir Lula por mais quatro anos à frente do Palácio do Planalto também foram pauta desses encontros entre os candidatos.
Além das quatro candidaturas pelo principal posto da sigla, há oito chapas nacionais inscritas.
Pelo país, são 94 candidaturas pelo comando do PT nos estados e 144 chapas estaduais.
O Acre é o único estado em que não haverá disputa, pois há apenas um candidato e uma chapa estadual inscritos.
Quase 3 milhões de filiados estão aptos a votar pelo país. Um dos desafios da legenda é mobilizar os apoiadores, visto que em 2019 apenas 351 mil votaram, número bem abaixo do registrado em 2009 (520 mil).
Lula decidiu não votar na eleição, porque estará participando da reunião da cúpula dos Brics, que acontece no Rio de Janeiro neste domingo e nesta segunda-feira.
O regulamento da disputa prevê que o presidente poderia votar apenas em São Paulo, onde é filiado, e em Brasília, onde uma urna será instalada na sede nacional da sigla.
Apesar do apoio velado a Edinho – sem nunca ter feito anúncios públicos -, Lula, ao decidir não votar, acaba evitando eventuais indisposições com os candidatos à presidência nacional do PT.