A opinião do professor de finanças do Insper e colunista de VEJA, Ricardo Rocha é a de que o Banco Central enfrenta o dilema de conter a inflação sem paralisar a economia. Segundo ele, os indicadores mostram resistência dos preços, o que impede cortes imediatos na Selic. Ao mesmo tempo, a taxa elevada encarece o crédito e freia investimentos, criando um impasse na política monetária.
No cenário externo, Rocha observa que a expectativa de queda dos juros nos Estados Unidos alivia o câmbio, mas não dissipa a incerteza sobre a inflação global. Ele também avalia que a antecipação da corrida eleitoral no Brasil aumenta a volatilidade e dificulta previsões para a economia.
A próxima reunião do COPOM (Comitê de política monetária) para decidir sobre a SELIC está marcada para terça e quarta-feiras da semana que vem (4 e 5 de novembro). A expectativa do mercado é que seja mantida a taxa de 15% ao ano, com redução somente a partir do primeiro semestre de 2026.
