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Seis sinais de que Tarcísio é cada vez mais candidato a presidente em 2026

Nos últimos dias, tem ficado cada vez mais claro que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), caminha para ser candidato à Presidência da República em 2026 e ser o principal nome da direita no duelo contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve disputar a reeleição.

Com Jair Bolsonaro inelegível, o governador de São Paulo tem aparecido nas últimas pesquisas (Genial/Quaest e Paraná Pesquisas) como um dos nomes mais competitivos pagra enfrentar Lula.

Na pesquisa Genial/Quaest, divulgada em 21 de agosto, Tarcísio é o que aparece mais próximo de Lula em um eventual segundo turno, com oito pontos atrás do petista (43% a 35% — a distância é mais curta do que a alcançada por Bolsonaro no levantamento, que foi de doze pontos (47% a 35%) — leia reportagem aqui.

No levantamento Paraná Pesquisas divulgado na segunda-feira, 25, Tarcísio aparece empatado numericamente com Lula também no segundo turno (41,9% a 41,9%) — leia matéria aqui.

O nome do governador ganhou força também porque as alternativas dentro do clã Bolsonaro se esvaziaram nos últimos dias. O ex-presidente, além de inelegível e em prisão domiciliar, pode ser condenado à detenção em regime fechado dependendo do desfecho do julgamento sobre a tentativa de golpe de estado, que o Supremo Tribunal Federal conclui entre 2 e 12 de setembro.

Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viu o seu cacife político ser pulverizado após a repercussão negativa no eleitorado da ofensiva que tem travado nos Estados Unidos para conseguir do governo Donald Trump sanções ao Brasil como forma de influenciar o resultado do julgamento de seu pai. Além disso, ele também é investigado em inquérito no STF e corre risco de ser preso se voltar ao país.

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) não tem se movimentado como candidato, enquanto o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) nunca foi cotado para essa missão. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) é a integrante da família que mais tem circulado pelo país, mas o próprio ex-presidente já deixou claro que gostaria de vê-la tentando uma vaga de senadora pelo Distrito Federal.

Confira abaixo alguns sinais que evidenciam que Tarcísio age cada vez mais como presidenciável:

1 – Ênfase em pautas nacionais

Nas duas últimas semanas, Tarcísio participou de ao menos cinco eventos em que líderes da direita marcaram presença. Em todas essas ocasiões, o governador de São Paulo debateu pautas de interesse nacional e defendeu seus pontos de vista para o país, não só para São Paulo. Na segunda-feira, por exemplo, em evento do Esfera Brasil, em São Paulo, ele defendeu alguns eixos prioritários para um futuro presidente, como equilíbrio fiscal, investimento em inovação e tecnologia e segurança pública. No evento de lançamento da União Progressista (federação entre União Brasil e PP), na semana passada, falou em reforma política, envelhecimento da população, financiamento do SUS e escalada da crise fiscal.

2 – Críticas mais frequentes a Lula e ao governo do PT

Apesar de sempre ter se posicionado como oposição, Tarcísio têm intensificado suas críticas ao governo federal nas últimas semanas. Frente ao tarifaço de Donald Trump, por exemplo, ele disse que o presidente Lula era o culpado pela situação por não ligar para o chefe do Executivo americano. Ele também tem chamado a gestão petista de ultrapassada, associando-a a “ideias do passado e que não servem mais”. “O Brasil não aguenta mais o PT. O Brasil não aguenta mais o Lula”, afirmou em evento recente em São Paulo.

3 – Encarado pelo Centrão e empresariado como candidato

Nos corredores do Congresso Nacional, nos bastidores dos partidos e em segmentos da sociedade civil, principalmente empresariado e mercado financeiro, Tarcísio já é tratado como presidencável. Em conversas com deputados e senadores de partidos como PP e União Brasil, por exemplo, VEJA ouviu opiniões assertivas sobre a candidatura dele ao Planalto. Nesta segunda-feira também, Tarcísio foi apontado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) e pelo prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), como o melhor quadro da direita atualmente.

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4 –  Tratado como presidenciável pelo próprio partido

Na noite da segunda, durante um jantar do Republicanos, o presidente do partido, Marcos Pereira, afirmou que a legenda vai ter um candidato próprio à Presidência da República em 2026. Ao final da declaração, ele fez questão de citar o nome do governador Tarcísio de Freitas. Por outro lado, no entanto, mais cedo no mesmo dia, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, afirmou que Tarcísio se comprometeu a migrar para o partido dele, e de Jair Bolsonaro, caso se candidate à Presidência.

5 – Ensaiando um lema de governo

Questionado sobre um eventual lema de seu governo em evento nesta semana em São Paulo, Tarcísio evitou falar diretamente qual seria, mas citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek e fez uma referência ao slogan dele (“Cinquenta anos em cinco”), afirmando que o Brasil precisa crescer “quarenta anos em quatro, a partir de 2027, para se recuperar de atrasos — leia reportagem aqui.

6 – Circulando frequentemente com grupo de presidenciáveis

Tarcísio de Freitas tem se aproximado de outros governadores do centro à direita que se colocam como pré-candidatos ao Palácio do Planalto, como Ronaldo Caiado (União), de Goiás, e Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, referendando uma articulação que defende que existam várias candidaturas de direita em 2026 no primeiro turno, com todos eles se unindo em torno de um único nome na segunda etapa eleitoral.

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