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Se Hamas não cumprir acordo, Israel voltará à guerra ‘assim que eu disser’, dispara Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 15, que se o Hamas não cumprir com os termos do cessar-fogo, com base no acordo mediado por ele, Israel vai voltar à guerra “assim que eu der a ordem”. A declaração foi dada em entrevista à emissora americana CNN, em meio a acusações de que o grupo terrorista violou a trégua.

“O que está acontecendo com o Hamas será resolvido rapidamente”, garantiu Trump à CNN.

A crise dos reféns

O quarto dos 21 pontos no roteiro para a paz estabelecido por Trump afirmava: “Dentro de 72 horas após Israel aceitar publicamente este acordo, todos os reféns, vivos e mortos, serão devolvidos”. Israel acusou o Hamas de não cumprir o acordo para encerrar os combates em Gaza devido ao atraso na devolução dos corpos de reféns israelenses falecidos na guerra.

Os vinte últimos vivos foram soltos na segunda-feira, mas dos 28 que acreditava-se estarem mortos, apenas oito foram devolvidos — um dos quais, segundo análise forense preliminar, não pertencia a nenhum dos sequestrados. Segundo a CNN, os restos mortais de mais cinco pessoas devem ser liberados nesta quarta. Em resposta, o governo de Benjamin Netanyahu restringiu a entrega de ajuda humanitária no enclave, embora caminhões tenham entrado no território nesta quarta. Mas, por ora, o tênue cessar-fogo segue de pé.

Trump observou que o resgate dos cativos ainda vivos era importante por si só. “Retirar esses 20 reféns era fundamental”, disse o presidente dos Estados Unidos à CNN.

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Desarmamento do Hamas

Além da questão dos reféns, outro importante enrosco ameaça a estabilidade do acordo: o desarmamento do Hamas. De acordo com o sexto ponto do plano de Trump, “assim que todos os reféns forem devolvidos, os membros do Hamas que se comprometerem com a coexistência pacífica e com o desarmamento receberão anistia. Os membros do Hamas que desejarem deixar Gaza receberão passagem segura para os países receptores.”

Mas o grupo não deu sinais de que está preparado para isso, condicionando o desarmamento à retirada integral do Exército israelense de Gaza e ao estabelecimento de um Estado palestino. Mais: desde o fim dos combates na última sexta-feira, o Hamas aumentou o controle do território, terroristas voltaram a policiar as ruas do enclave e confrontos violentos eclodiram com facções rivais, incluindo um incidente que culminou em uma aparente execução pública.

Trump já havia alertado que o Hamas deve se desarmar ou “nós os desarmamos”. Seu plano de 21 pontos contempla um futuro em que o grupo que ainda domina Gaza concorda em não ter qualquer papel na gestão de lá, que será desmilitarizada e sob monitoramento um conselho independente.

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Na entrevista à CNN, o presidente americano afirmou que, se o Hamas se recusar a depor as armas, “Israel retornará às ruas assim que eu disser. Se Israel pudesse entrar e acabar com eles, eles fariam isso.” Ele acrescentou: “Eu tive que contê-los, discuti com Bibi”, em referência ao governo Netanyahu.

Ainda assim, Trump se manteve otimista quanto às perspectivas de paz a longo prazo, especialmente considerando o forte apoio das nações árabes da região. “Cinquenta e nove países fazem parte disso”, disse ele sobre o acordo de cessar-fogo, em aceno aos líderes mundiais que compareceram a uma cúpula no Egito que contou com a cerimônia de um acordo que faz garantias em relação à implementação da trégua.

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