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São Paulo registra segundo caso de sarampo importado e intensifica vacinação

A cidade de São Paulo registrou um novo caso importado de sarampo deste ano, desencadeando um alerta da Secretaria de Estado de Saúde e ações para evitar a circulação do vírus, altamente contagioso, como busca ativa de contatos e intensificação da vacinação. O paciente, que já recebeu alta, foi um homem de 27 anos que não era vacinado e tinha histórico de viagem ao exterior. No mês passado, a região das Américas perdeu o certificado de eliminação da doença, segundo informe da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

A secretaria disparou o alerta na última sexta-feira, 12, e comunicou que este é o segundo caso registrado neste ano no estado. O outro episódio ocorreu em abril também na capital paulista.

Assim como todos os casos de sarampo, o novo caso foi notificado e foi desencadeado um processo de investigação para evitar o alastramento do vírus, que tem alto potencial de causar surtos, principalmente quando encontra populações não vacinadas, caso das crianças com menos de um ano — mais vulneráveis às complicações da infecção –.

“Todas as medidas de controle e prevenção foram imediatamente adotadas, incluindo investigação epidemiológica, busca ativa de contatos e intensificação da vacinação, em conjunto com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP) e o Ministério da Saúde”, informou, em nota, a pasta.

Perda do certificado nas Américas

Em novembro, a Opas anunciou que a região das Américas perdeu o certificado de eliminação do sarampo após ter banido a doença do território duas vezes.

A perda do status ocorreu em virtude da transmissão endêmica do vírus no Canadá, onde o sarampo tem circulado ao menos no último ano.

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Até o início do mês passado, foram registrados 12.593 casos da doença em dez países das Américas, dos quais 95% estavam concentrados no Canadá, México e Estados Unidos. O levantamento da Opas indica que houve um aumento de 30 vezes nos episódios em relação ao ano passado na região. Ao menos 28 pessoas morreram.

Riscos do sarampo

Doença altamente contagiosa, o sarampo é causado por vírus e tem como principal manifestação o aparecimento de manchas vermelhas no corpo. Outros sintomas são febre alta, tosse seca, irritação nos olhos, mal-estar intenso e nariz entupido ou escorrendo. Pneumonia, encefalite (inflamação no cérebro) e a morte são os desfechos mais graves da infecção.

A circulação do vírus propicia o aparecimento de surtos entre pessoas não vacinadas e um indivíduo infectado é capaz de transmitir a doença para até 18 pessoas, de acordo com a Opas.

No Brasil, a vacina contra o sarampo é ofertada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

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Quem deve se vacinar

Crianças de 6 a 11 meses:

  • Dose Zero, indicada em situações de risco aumentado de exposição ao vírus, não substitui as doses do calendário de rotina

Crianças a partir de 12 meses

  • Primeira dose (D1) aos 12 meses, com a tríplice viral.
    Segunda dose (D2) aos 15 meses, com a vacina tetraviral (ou tríplice viral + varicela)

Pessoas de 5 a 29 anos

  • Devem iniciar ou completar o esquema de duas doses da tríplice viral, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas

Pessoas de 30 a 59 anos

  • Devem receber uma dose da tríplice viral caso não haja comprovação de vacinação anterior
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