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Rússia ordena que tropas da Ucrânia saiam do Donbas e prevê nova ligação entre Trump e Putin

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta segunda-feira, 29, que um novo telefonema entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, deve ocorrer em breve. Os dois conversaram por ligação no domingo 28, antes da reunião de Trump com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Flórida. Peskov também renovou as ameaças sobre a região do Donbas, reivindicada por Moscou como parte de um acordo de paz, ordenando a retirada das tropas ucranianas.

Questionado sobre qual decisão Kiev deveria tomar em relação à região, Peskov disparou: “Estamos falando da retirada das forças armadas do regime do Donbas”, que abrange Donetsk e Luhansk. Ele, no entanto, se recusou a responder se essa demanda também se aplicava a Zaporizhzhia e Kherson — regiões que, assim como as outras duas, foram anexadas ilegalmente ao mapa russo em setembro de 2022.

No momento, a Rússia controla 90% do Donbas, 75% das regiões de Zaporizhzhia e Kherson, e partes de Kharkiv, Sumy, Mykolaiv e Dnipropetrovsk, de acordo com dados do governo. Contando com a Crimeia, anexada em 2014, isso representa um quinto da Ucrânia. Para além das concessões territoriais, Putin demanda que Kiev abandone a pretensão de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar ocidental.

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‘Questões espinhosas’

Além disso, o líder russo quer que a Ucrânia se desmilitarize, uma ideia rejeitada por Zelensky, que insiste em “um forte exército” como uma exigência imutável. Após o encontro com Trump, o ucraniano confirmou que aceitou discutir um plano de paz baseado em 20 pontos apresentado pelos EUA, que inclui garantias de segurança americanas por 15 anos. Ele havia pedido compromissos por até 50 anos.

Embora partes estruturais do acordo ainda estejam em aberto, o republicano afirmou que Rússia e Ucrânia estão a cerca de 95% de um entendimento para encerrar a guerra, iniciada em fevereiro de 2022. Ele adotou um tom otimista e disse acreditar que um pacto seja firmado “em duas semanas”, acrescentando que restam poucas “questões espinhosas” a serem resolvidas antes de um entendimento final. Zelensky, contudo, voltou a destacar que rejeita a possibilidade de abrir mão de parte do país e que discorda de Trump nesse quesito.

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“Temos que respeitar nosso povo e o território que controlamos. Temos posições diferentes quanto a isso”, pontuou.

No início deste mês, Putin alertou que tomará o Donbas “de qualquer forma”, seja por meios militares ou por um acordo. A região é o coração industrial da Ucrânia, rica em carvão e indústria pesada. O território tem sido alvo de Putin desde a década passada, quando movimentos separatistas foram armados e financiados pela Rússia em uma articulação que levou à invasão militar de 2022.

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