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Rússia mobiliza 110 mil soldados para tentar tomar cidade estratégica na Ucrânia

A Rússia deslocou cerca de 110 mil soldados para os arredores de Pokrovsk, no leste da Ucrânia, em mais uma tentativa de capturar a cidade estratégica. O alerta foi feito nesta sexta-feira, 27, pelo comandante das Forças Armadas ucranianas, general Oleksandr Syrskyi. Localizada em uma das frentes mais disputadas do conflito, Pokrovsk se tornou o “ponto mais quente” da linha de frente que se estende por mais de 1.200 quilômetros, do leste ao sul do país.

Com cerca de 60 mil habitantes antes da guerra, a cidade está sob ataques constantes há quase um ano. Para Moscou, Pokrovsk é uma peça-chave na ofensiva para ocupar totalmente as regiões de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano — áreas que o presidente Vladimir Putin considera cruciais para seus objetivos de guerra desde a invasão de 2022.

Apesar da superioridade militar russa em homens e equipamentos, as tentativas de capturar Pokrovsk fracassaram até agora. A cidade, embora pequena, se tornou um dos últimos bastiões da resistência ucraniana no leste, ao lado de Kostiantynivka, Kramatorsk e Sloviansk, que permanecem sob controle de Kiev.

De acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), organização norte-americana especializada em conflitos, a defesa montada pelas forças ucranianas em Pokrovsk forçou Moscou a abandonar os ataques frontais e a buscar rotas alternativas. O recuo temporário da Rússia também foi atribuído a um ataque surpresa da Ucrânia na região de Kursk, já em território russo, no início do ano. Segundo Syrskyi, essa operação levou ao recuo de cerca de 63 mil soldados russos e 7 mil norte-coreanos, que prestavam apoio ao Kremlin.

Com dificuldades no avanço direto, as forças russas passaram a tentar cercar Pokrovsk pelo sul e nordeste. Segundo a mais recente análise do ISW, os ataques continuam em pequenos grupos, às vezes compostos por apenas um ou dois soldados, utilizando motocicletas, veículos todo-terreno e buggies.

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Além da importância geográfica, Pokrovsk também era sede da última mina de carvão em operação na Ucrânia. O fechamento da planta no início deste ano levou ao êxodo dos trabalhadores que ainda permaneciam na região.

Ainda nesta sexta-feira, Syrskyi voltou a alertar para a tentativa da Rússia de romper as linhas defensivas ucranianas e alcançar a fronteira administrativa de Donetsk. Segundo ele, Moscou busca não apenas ganhos operacionais, mas também criar impacto simbólico. “Eles querem plantar a bandeira russa e anunciar mais uma de suas vitórias fictícias. É um movimento mais psicológico do que militar”, afirmou.

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