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Rússia diz ter impedido plano ucraniano para matar ‘um dos mais altos oficiais’ do Kremlin

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) afirmou nesta sexta-feira, 14, que frustrou uma tentativa de assassinato contra “um dos mais altos funcionários do Estado”, esquema que teria partido da Ucrânia. A acusação veio em meio a mais uma noite de intensos ataques aéreos russos contra Kiev, que deixaram ao menos seis mortos.

De acordo com o FSB, os serviços especiais ucranianos planejavam atacar o dirigente do Kremlin enquanto ele visitava um cemitério onde estão os túmulos de seus familiares, nos arredores de Moscou. A agência russa disse ainda que a Ucrânia planeja outros ataques semelhantes em território russo.

Em nota divulgada à emissora americana CNN, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) negou qualquer plano de assassinato. “Eles estão divulgando notícias e declarações falsas sem parar. Nossa posição é não comentar essas bobagens”, disse o comunicado.

Operações de assassinato

Anteriormente, Kiev já reivindicou a autoria do assassinato de autoridades russas. O número de execuções seletivas dentro da Rússia e em partes da Ucrânia ocupadas por forças inimigas aumentaram desde 2022, de acordo com o grupo de monitoramento Armed Conflict Location & Event Data (ACLED).

Dados do ACLED mostram que, nos três primeiros trimestres deste ano, houve mais tentativas de assassinato dentro da Rússia do que em 2022, 2023 e 2024 juntos.

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No mês passado, as forças ucranianas assumiram responsabilidade pela morte um oficial russo, Veniamin Mazzherin, usando um carro-bomba. Vice-comandante de uma unidade da polícia militar do Kremlin em Kemerovo, no sudoeste da Sibéria, ele foi acusado de ajudar a liderar uma unidade especial envolvida em “crimes de guerra e genocídio contra o povo ucraniano”, de acordo com a Inteligência de Defesa da Ucrânia (DIU).

Em abril, o general russo Yaroslav Moskalik foi morto, também com um carro-bomba, nos arredores de Moscou. As autoridades russas afirmaram ter acusado um “agente dos serviços especiais ucranianos” de terrorismo, embora Kiev não tenha reivindicado a autoria.

Alguns meses antes, um general russo de alta patente, acusado de usar armas químicas contra a Ucrânia, foi morto por uma bomba detonada remotamente, plantada em um patinete elétrico em frente a um prédio residencial em Moscou. Acredita-se que os serviços de segurança ucranianos estejam por trás do assassinato.

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Em novembro de 2023, a Ucrânia reivindicou a autoria do assassinato de Mikhail Filiponenko, um parlamentar instalado pelo Kremlin na cidade ucraniana de Luhansk, na parte ocupada do leste do país. Filiponenko também foi morto por uma bomba em seu carro.

A Ucrânia também sofreu assassinatos. Em julho, um oficial do SBU foi morto a tiros em plena luz do dia, na capital. Autoridades atribuíram o crime ao FSB russo.

Ataques aéreos

Tanto a Ucrânia quanto a Rússia lançaram ataques aéreos contra o território uma da outra durante a madrugada desta sexta-feira, 14. Em Kiev, autoridades locais informaram que pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, incluindo duas crianças e uma mulher grávida.

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Enquanto isso, o porto russo de Novorossiysk, no Mar Negro, precisou suspender as exportações de petróleo nesta sexta após um drone ucraniano atingir a região. Duas fontes disseram à agência de notícias Reuters que a Transneft, empresa estatal responsável pelos oleodutos, suspendeu o fornecimento de petróleo bruto para o porto.

Nesta manhã, autoridades locais disseram que drones ucranianos danificaram um navio atracado lá, bem como prédios residenciais e um depósito de petróleo. Novorossiysk é um importante ponto de escoamento para as exportações russas.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também afirmou que o país lançou mísseis de cruzeiro Neptune, armas de longo alcance, contra alvos russos na noite de quinta. Ele não especificou contra quais alvos as armas de fabricação ucraniana foram disparadas.

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