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Rússia deve estar pronta para ‘ataques preventivos’ contra Ocidente, diz aliado de Putin

O ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, disse nesta quinta-feira, 17, que não haver planos imediatos para operações militares contra o Ocidente, mas ameaçou a possibilidade de lançar “ataques preventivos” caso, segundo ele, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ou a Europa “intensifiquem” a guerra na Ucrânia.

As declarações de Medvedev, reportadas na íntegra pela agência de notícias estatal TASS, indicam que Moscou prevê uma escalada do confronto com aliados da Ucrânia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovar novos envios de armas a Kiev e dar um ultimato para Moscou: fechar um acordo de paz em 50 dias, ou enfrentar tarifas “severas”, de até 100%.

Para o presidente russo, Vladimir Putin, a guerra é resultado de ameaças externas à segurança russa vindas de Kiev, da Otan e do Ocidente. Ele alega querer a paz, mas diz ser preciso resolver as “raízes das causas da guerra” antes disso, e lançou alertas repetidamente sobre os riscos de escalada do conflito.

Ameaça grave

Medvedev rejeitou as repetidas alegações da Otan e de que a Rússia um dia atacaria um membro da principal aliança militar ocidental, mas também disse que o país precisa estar pronto para responder “integralmente” em caso de insistência do Ocidente.

“As declarações de políticos ocidentais sobre este tema são um completo absurdo”, disse ele, acusando autoridades ocidentais de intencionalmente aumentarem as tensões. “Precisamos agir em conformidade. Responder integralmente. E, se necessário, lançar ataques preventivos”, completou. Ele afirmou ainda que muitos no Ocidente tinham “traição no sangue” e uma visão ultrapassada de sua própria superioridade.

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“O que está acontecendo hoje é uma guerra por procuração, mas, em essência, é uma guerra em grande escala, com lançamentos de mísseis ocidentais, inteligência via satélite, pacotes de sanções, declarações veementes sobre a militarização da Europa”, descreveu Medvedev. “É uma tentativa de destruir a ‘anomalia histórica’ odiada pelo Ocidente — a Rússia, nosso país.”

O Kremlin, questionado sobre as declarações de Medvedev, afirmou que ele havia expressado sua opinião e que suas preocupações com o ambiente “confrontacional” da Europa eram justificadas.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o governo russo está analisando a ameaça de Trump de impor tarifas de 100% aos compradores de exportações russas. O presidente dos Estados Unidos, que se autointitulou um “pacificador” e expressou repetidamente que quer acabar com a guerra, disse na segunda-feira que estava “muito infeliz” e “decepcionado” com Putin, embora tenha classificado sua decisão de enviar armas para a Ucrânia como uma tentativa de pressionar ambos os lados a caminhar em direção à paz.

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