Um dia após o encontro entre o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou acreditar em avanços na relação entre os dois países nos próximos dias.
A crise entre Brasil e Estados Unidos escalou em julho, quando Donald Trump anunciou que iria impor tarifas de 50% a produtos brasileiros importados pelos norte-americanos.
Em setembro, Lula e Trump se encontraram rapidamente na Assembleia Geral da ONU e iniciaram uma reaproximação. Semanas depois, se falaram por telefone e alinharam dar sequência nas negociações.
O encontro entre Rubio e Vieira é mais um capítulo dessa reaproximação.
“A reunião não foi conclusiva, mas estamos otimistas. Acredito que daqui a alguns dias estaremos anunciando avanços concretos da retomada do padrão histórico da relação Brasil-Estados Unidos”, pontuou o chefe da Casa Civil.
Questionado sobre a escolha do sucessor de Luís Roberto Barroso no STF por Lula, Costa destacou que o presidente não toma decisão sem ouvir todos os lados. “Esse é o jeito dele decidir, o que é algo muito meritório. Está no processo de ouvir as pessoas para tomar a decisão. O presidente não marca prazo para suas decisões. Ele tem essa prerrogativa de decidir quando está amadurecido”.
Na entrevista, o auxiliar do petista fez críticas a opositores do Legislativo e disse que a população precisa pensar qual o Congresso quer para o país.
“Temos um problema no Brasil. Tá ficando claro para a população a diferença entre dois grupos: o grupo que defende PEC de blindagem, o uso absurdo e imoral da execução das emendas parlamentares, que é contra isenção de IR e o grupo que pode fazer a diferença pela população. Tentaram aumentar número de deputados, Lula vetou. Tentaram aprovara a PEC da bandidagem e Lula avisou que vetaria. Povo se mobilizou nas ruas e o Congresso recuou”, afirmou Costa.
“Lula tem repetido que é preciso que o povo pense além do voto no presidente da República. Povo precisa pensar qual congresso quer para o país. Esse debate, nós vamos fazer até o ano que vem. Precisamos ter parlamentares mais sintonizados com o desejo da população”, concluiu.