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Risco Venezuela–EUA volta ao preço dos ativos

A tensão entre os dois países já começa a gerar volatilidade adicional nos preços dos ativos. Segundo o professor Rodrigo Simões, da FAC SP (faculdade do comércio), o impacto é imediato e ocorre por dois canais clássicos de transmissão do risco geopolítico.

O primeiro é o preço do petróleo. Qualquer sinal de conflito envolvendo a Venezuela — país-chave na geopolítica energética — afeta a cotação internacional do barril e encarece tudo o que depende dele, como combustíveis e transporte. Em um dos episódios recentes de escalada, o petróleo fechou ontem com alta de 1,23% nas bolsas americanas, reflexo direto da percepção de risco no fornecimento global.

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O segundo canal é ainda mais sensível para o Brasil: o aumento do prêmio de risco para países emergentes. “Quando o risco geopolítico sobe, o investidor internacional exige retorno maior para ficar em mercados como o nosso”, explica Simões. O efeito é conhecido: custo do capital mais alto, queda no valor das empresas, pressão sobre ativos financeiros e impacto negativo sobre a economia. Em resumo, mesmo sem envolvimento direto, o Brasil paga parte da conta quando o conflito entra no preço.

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