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Reino Unido lança plano contra espionagem após tentativa da China de recrutar parlamentares

O Reino Unido anunciou nesta terça-feira, 18, um plano de combate à espionagem após alertas do MI5, agência de contrainteligência e segurança interna britânica, sobre tentativas da China de recrutar parlamentares. Lindsay Hoyle, presidente da Câmara dos Comuns, e ao seu equivalente na Câmara dos Lordes, Lord McFall, foram avisados de que duas pessoas ligadas à agência de espionagem do Ministério da Segurança do Estado da China estavam “entrando em contato ativamente com pessoas em nossa comunidade”.

“O objetivo é coletar informações e estabelecer as bases para relacionamentos de longo prazo, utilizando sites de networking profissional, agentes de recrutamento e consultores atuando em seu nome”, afirmou o e-mail do MI5 enviado nesta terça.

No Parlamento, o ministro de Estado da Segurança, Dan Jarvis, disse que o Plano de Ação de Combate à Interferência Política e à Espionagem visa “interromper e impedir a espionagem por parte de países como a China”. Em nota, o gabinete do primeiro-ministro Keir Starmer informou que o governo concluiu “a remoção de equipamentos de vigilância fabricados por empresas sujeitas à Lei Nacional de Inteligência da República Popular da China de todos os locais sensíveis operados pelo governo em todo o mundo”.

“O plano prevê que os serviços de inteligência forneçam informações de segurança para partidos políticos e publiquem novas orientações para candidatos a eleições, a fim de ajudá-los a reconhecer, resistir e denunciar atividades suspeitas; trabalhem com redes sociais profissionais para torná-las um ambiente operacional mais hostil para espiões; e endureçam as regras sobre doações políticas por meio de um novo projeto de lei eleitoral”, indicou o texto.

“Serão investidos £170 milhões na renovação da tecnologia soberana e criptografada que os funcionários públicos utilizam para proteger informações confidenciais. Outros £130 milhões serão investidos em projetos como o fortalecimento da capacidade da Polícia Antiterrorista de aplicar a Lei de Segurança Nacional e o financiamento do trabalho do Centro Nacional de Segurança Cibernética e da Autoridade Nacional de Segurança Protetiva junto a empresas essenciais para proteger sua propriedade intelectual”, acrescentou.

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‘Desafiaremos qualquer país, incluindo a China’

Para além da tentativa de acesso a informações sensíveis do Parlamento, Jarvis afirmou que a China tenta interferir em pesquisas realizadas por universidades britânicas, além de buscar maneiras para influenciar o que acontece nos campi. Ele disse que a ministra das Relações Exteriores, Yvette Cooper, já conversou sobre a seriedade da questão com o seu homólogo chinês, Wang Yi. Jarvis adiantou que haverá mudanças na legislação eleitoral para impedir qualquer forma de interferência estrangeira nos pleitos locais e que o governo está disposto a impor sanções a Pequim em caso de ataques cibernéticos.

“Sempre, em todas as circunstâncias, desafiaremos qualquer país, incluindo a China, que tente interferir, influenciar ou minar a integridade de nossas instituições democráticas, e tomaremos todas as medidas necessárias para proteger a segurança nacional do Reino Unido”, continuou ele. “Nossa estratégia não se limita à cooperação. Iremos dialogar com a China quando necessário, mas sempre agiremos para defender nossos interesses e contestar nossos valores quando estes estiverem ameaçados.”

 

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