A ditadura de Nicolas Maduro afirmou neste sábado, 13, que o governo dos Estados Unidos, comandando por Donald Trump, teria interceptado por meio de um destroier um barco de pesca de atum por oito horas em águas venezuelanas. De acordo com comunicado divulgado, a embarcação era “inofensiva”.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, classificou a intervenção de ilegal e hostil. Segundo as declarações de autoridades venezuelanas, havia nove pescadores no barco. Maduro espera que os Estados Unidos parem com as movimentações militares nas proximidades do país sul-americano. O envio de navios de guerra para o Caribe e proximidades da América do Sul causa tensão entre Trump e o ditador venezuelano. Por outro lado, Maduro tenta incentivar ampliação de forças militares de seus país para uma eventual guerra contra os Estados Unidos.
Uma das promessas de campanha de Trump era exatamente declarar guerra aos narcotraficantes que levam drogas para o país norte-americano. Na semana passada, o governo dos Estados Unidos bombardeou uma embarcação apontada como da organização criminosa Tren de Aragua — que atua com tráfico de drogas, extorsão, garimpo ilegal, contrabando e exploração de pessoas. A interceptação mandou 11 integrantes do bando criminoso, informou a Casa Branca.
Organização criminosa que mais se expandiu nos últimos anos na América do Sul, o Tren de Aragua, nascido em 2014 dentro de uma prisão da Venezuela, atua em diversos países do continente, o que inclui estados brasileiros. Seus líderes, foragidos das autoridades públicas, podem estar até mesmo no Brasil.
O governo Trump classificou o Tren de Aragua como organização narcoterrorista — o que inclui também cartéis mexicanos, como o de Sinaloa e o Jalisco Nueva Generacíon. Os grupos criminosos têm atuação no Brasil. Os venezuelanos do Tren de Aragua, por exemplo, venderam armas de grosso calibre ao Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme relatou a jornalista Ronna Rísquez em entrevista a VEJA na última semana.