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‘Reforma tributária é boa, mas implementação é desastrosa’, diz Paulo Guedes

O ex-ministro da Economia do governo de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, elogiou nesta quinta-feira, 13, pontos das principais reformulações tributárias promovidas pelo governo Lula, o que inclui a reforma tributária aprovada no fim de 2023, que unifica os impostos sobre consumo, e o projeto que reformulou o imposto de renda das pessoas, aprovado em novembro. A nova lei do IR ampliou a isenção do tributo na base da pirâmide, criou um imposto mínimo para os mais ricos e também taxou uma parte dos dividendos pagos no Brasl.

Para Guedes, a simplificação dos impostos promovida pela reforma é positiva – “já tínhamos deixado tudo encaminhado” -, tanto quanto a taxação dos dividendos era inevitável – “é algo natural e nós, quando estávamos no Alvorada, também aprovamos na Câmara”, disse. Nos dois casos, porém, as versões aprovadas dos projetos foram mal desenhadas, na visão do ex-ministro.

Guedes falou a uma plateia de empresários e investidores em uma participação no Tax Experience 2025, evento realizado pela consultoria Tax Group em São Paulo. Os dois projetos aprovados pelo governo Lula – tanto a reforma dos impostos sobre o consumo quanto a revisão do imposto de renda sobre as pessoas e os investimentos – chegaram a ser apresentadas por Guedes no mandato de Bolsonaro e até a avançar no Congresso, mas acabaram travadas.

“Essa unificação [de impostos] é a parte boa da reforma, mas a implementação é desastrosa”, disse o ex-ministro sobre a reforma que cria um novo Imposto sobre Valor Agregado. Para ele, a longa transição prevista pela reforma que cria um imposto único sobre o consumo será danosa para as empresas e para a economia.

O projeto aprovado prevê que os impostos atuais, lista que inclui ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI, sejam retirados e trocados gradativamente pelo novo tributo até 2032. A transição começa em janeiro de 2026. “É um absurdo”, afirmou Guedes. “As empresas vão ter que ter duas contabilidades durante vários anos. Tinha que fazer o projeto e começar no ano seguinte.”

Em atualização

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