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Recuperação de Lula só zera o prejuízo de imagem acumulado em 2025

O presidente Lula colheu duas boas notícias esta semana. Uma delas foi a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de condenar Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, além de outros quatro crimes.
Depois de ficar preso por 580 dias em razão da Operação Lava-Jato, recuperar os direitos políticos e vencer a eleição de 2022, Lula nunca escondeu o desejo de ter uma revanche completa contra o principal adversário político, o que está perto de acontecer. Bolsonaro já foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral, está em prisão domiciliar por obstrução de justiça e logo terá de cumprir a pena devido à trama golpista na cadeia, conforme determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes.
A situação jurídica do capitão e principalmente as intervenções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em favor de Bolsonaro não só ajudaram Lula a encontrar um discurso para a sua administração, de defesa da soberania nacional, como contribuíram para que o petista recuperasse terreno no campo da imagem. Vem daí a segunda boa notícia para o presidente.

Respiro presidencial

Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, 11, mostrou que a aprovação ao governo subiu para 33%, o melhor resultado do ano, aproximando-se da reprovação, que ficou em 38%. Em fevereiro, a aprovação era de apenas 24%, ou nove pontos percentuais a menos. Já a reprovação era de 41%. Houve, portanto, uma mudança no humor do eleitorado favorável ao presidente.

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Apesar disso, Lula só neutralizou o prejuízo de reputação acumulado em 2025, já que, segundo o mesmo Datafolha, a aprovação à sua gestão, em dezembro de 2024, era de 35%, dois pontos a mais do que a registrada agora. É como se ele tivesse zerado o prejuízo de imagem provocado pelas crises do PIX e dos descontos indevidos em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS. Tudo, claro, com a ajuda da dupla Trump-Bolsonaro.

Levantamento Genial/Quaest reforça esse quadro. A aprovação do presidente, que era de 47% em janeiro e sempre ficou abaixo disso até julho, subiu para 46% em agosto. Depois de oito meses, pouco mudou em termos numéricos, mas a maré, que antes puxava o petista para baixo, agora se mostra favorável.

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