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Receita: crime organizado atua em franquias, hotéis e setor imobiliário

A mais nova operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), em parceria com a Receita Federal, apontou para infiltração do crime organizado no setor imobiliário, franquias comerciais, lojas e motéis, além dos postos de combustíveis. O mercado legal, segundo as investigações, era utilizado pelos criminosos para lavagem de dinheiro, por meio de fintechs.

“A gente percebe também a infiltração no setor imobiliário, nas franquias comerciais, lojas que estão abertas e nós consumimos nessas lojas, e setor de motéis também. Ou seja, são vários setores onde a infiltração do crime organizado tem provocado prejuízos à economia nacional. E a Receita Federal tem atuado preventivamente, fechando brechas para essas atividades criminosas”, disse a superintendente da Receita Federal, Marcia Cecilia Meng.

O Ministério Público de São Paulo informou que um dos alvos da operação manteve ligações com integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), alguns já mortos, como Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, assassinado na região do Tatuapé. A investigação apura infiltração da facção no setor imobiliário.

A Operação Spare, um desdobramento da Carbono Oculto, que mira sufocar o crime organizado infiltrado no mercado legal, apreendeu nesta quinta-feira 872.840 reais, vinte celulares, cinco computadores, dez HD’s,  114 documentos, uma arma calibre 38 e 398 munições — uma pessoa foi detida. A investigação começou em 2020 por meio de uma apuração sobre jogos de azar em casas de apostas ilegais em Santos, com máquinas de cartão ligadas a postos que vendem combustíveis adulterados. A lavagem do dinheiro ocorria através de uma fintech, integrando uma complexa rede de ocultação de valores que envolve empresas do setor hoteleiro e instituições de pagamento que mantêm livros de contabilidade paralela.

Nesta quinta-feira foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santo André, Osasco, Barueri, Campos do Jordão e Bertioga. A operação mobilizou 110 agentes do Comando de Choque da PM-SP, além de servidores do Ministério Público, Receita Federal, Secretaria da Fazenda e Procuradoria-Geral do Estado.

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