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Rainha da Dinamarca celebra diversidade amazônica com espumante brasileiro

Depois de sujar as mãos com açaí e abraçar samaumeiras pelos arredores de Belém, sempre escoltada por quinze policiais federais e militares fardados e armados com fuzis, a rainha da Dinamarca, Mary Donaldson, deu uma pausa nas suas aventuras tropicais durante sua agenda na COP30 para degustar um pirarucu defumado com coentro e caranguejo do mangue com vinagrete e farofa harmonizados com um espumante brasileiro, de Farroupilha, Rio Grande do Sul. O Casa Perini Brut Charmat foi o escolhido para noite que celebrou o intercâmbio gastronômico entre Belém do Pará e o país escandinavo, com um menu assinado pelo chef paraense Paulo Anijar, na quarta passada, 12, em um casarão histórico de 1910, no Mercado São Brás, em Belém.

O jantar foi promovido pela Fundação Melting Pot, criada pelo dinamarquês Claus Meyer, ex chef do estrelado Noma, apresentador de tv e reconhecido por ser um dos fundadores da filosofia New Nordic Cuisine, em parceria com o Instituto Paulo Martins, a Embaixada da Dinamarca no Brasil e o Ministério do Desenvolvimento Agrário. O encontro faz parte do projeto “Gastronomia sustentável na Amazônia: empoderando o Pará por meio da inovação culinária”, do Instituto Paulo Martins, que realizou laboratórios para integrar chefs, agricultores, estudantes e comunidades em torno da biodiversidade e das tradições locais.

Segundo organizadores, os laboratórios permitiram a troca de técnicas e conhecimentos entre 20 jovens chefs paraenses e profissionais da Dinamarca ao longo de 2025, resultando na elaboração do menu servido à Rainha. A defumação a frio do pirarucu, por exemplo, técnica comum na Dinamarca, e o uso de ingredientes como tucupi, castanha fresca e puxuri foram destacados na preparação dos pratos. A rainha, que é patronesse do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, aprovou o menu e o espumante. “A qualidade do vinho brasileiro foi muito elogiada durante o jantar. O Casa Perini Brut Charmat, servido aos convidados, tem sabor fresco e jovial, com boa acidez ideal diversos tipos de prato, incluindo os peixes, bastante valorizados na cozinha amazônica”, disse o chef Paulo Anijar à coluna.

O espumante degustado pela rainha da Dinamarca é um corte de Chardonnay e Riesling Itálico, produzido pelo método Charmat, ou seja, faz a segunda fermentação, quando os espumantes ganham as borbulhas, em cubas de aço inox, e custa R$ 69,20. “A realeza dinamarquesa nos agradou muito pela simplicidade. Na seleção da bebida, eles não queriam o espumante mais caro, queriam um de qualidade”, explicou Anijar.

Entre as autoridades brasileiras presentes estavam a primeira-dama Rosângela da Silva (Janja), o governador do Pará, Helder Barbalho e a primeira-dama do Pará, Daniela Barbalho (que ciceroneou a rainha durante toda a visita), o prefeito de Belém, Igore Normando, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, o ministro do Turismo, Celso Sabino e o presidente da COP30, André Corrêa do Lago. Também participaram da mesa a presidente da COP30 e diretora-geral do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Inger Andersen.

Enquanto os guardas mantinham a ordem e as samaumeiras testemunhavam a confraternização, a cena teve algo de simbólico: a monarquia europeia brindando com um espumante gaúcho, colocando as nossas borbulhas na ordem do dia.

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