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Quer mudar, mas algo te trava? A ciência explica o que está por trás

Tenho certeza de que você conhece esse sentimento. 

Aquela inquietação que aparece quando, por fora, tudo parece estar certo. Mas, por dentro, algo pede mudança.

Todos nós passamos por momentos assim: quando a vida que parecia certa começa a te impedir de seguir em frente.

Em vez de avançar, nós nos apegamos. Nos apegamos ao que é familiar, à função que dominamos, ao título que nos dá segurança e à rotina que sabemos executar com os olhos fechados.

Não é indecisão. É apego ao nosso porto seguro.

O problema é que não dá pra zarpar e ficar no cais ao mesmo tempo. Do mesmo jeito que é impossível crescer e se proteger do desconforto.

O que o cérebro chama de “seguro” pode te sabotar

Recentemente, atendi um médico cirurgião cardíaco de altíssimo nível, referência mundial na sua área. Quando chega ao consultório, ele tem um incômodo que transborda: sente que está parado, mesmo vivendo em movimento.

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Sonha em dar um novo passo na carreira e fundar uma empresa para ensinar outros médicos a liderar com propósito. Seu brilho nos olhos ao falar dessa ideia deixa claro que é mais do que uma ambição. É um chamado.

Mas, mesmo com tanta clareza, ele mergulha mais fundo no que já conhece: continua operando, mantém a agenda cheia e diz “sim” para cada nova cirurgia.

Repete, com excelência, o que já conhece. Deixa o medo tomar conta. 

Esse é o disfarce da evitação psicológica.

A ciência explica por que é tão difícil mudar

Nas transições, é muito comum fazermos o mesmo e a ciência explica por quê. Apesar de querermos crescer, o medo convence o nosso cérebro de que crescer é perigoso.

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A amígdala, que é o sistema de alarme do nosso cérebro, dispara assim que a incerteza aparece e manda a mensagem: “fique onde é seguro.”

Por isso, continuamos fazendo coisas que já não servem mais, só que com outros nomes: “responsabilidade”, “estabilidade”, ou “aguardar o momento certo”.

Como deixar seu porto seguro sem se perder?

Se você está nesse lugar, com vontade de mudar e apegado ao seu porto seguro, saiba que é possível sair do cais sem se perder de si.

O caminho para viver com mais ousadia começa com esses 3 passos:

1. Ancore no seu porquê

O que te move hoje? Não escreva sobre o que você quer alcançar ou como, mas sobre por que vale a pena superar o desconforto.

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O seu porquê deve ser maior que o seu medo.

2. Aceite o medo e aborde, não evite

Lembre-se sempre que medo não é sinal de que tem algo errado. É sinal de que você está tentando mudar algo importante.

Espere que ele apareça e quando vier, diga a si mesmo: “esse é o momento de treinar”.

Cada vez que você escolhe avançar, mesmo com o coração acelerado, você constrói mais resistência emocional. O medo não é seu inimigo, é seu campo de treino.

3. Enfrente, aos poucos, o que te tira da zona de conforto

Se ainda não dá para mudar tudo de uma vez, comece com um passo pequeno. 

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Escolha uma coisa por semana que te deixe um pouco desconfortável, mas que te aproxime da vida que você quer viver. Pode ser mandar uma mensagem, fazer uma ligação, dizer um “sim” que normalmente viraria “deixa pra lá”.

Cada vez que você faz isso, seu cérebro aprende: “isso não é perigoso. Eu consigo lidar.”

Com o tempo, o medo diminui e a confiança cresce. Porque confiança não vem da certeza, ela vem da prática.

Essa nova perspectiva fez sentido pra você?

Se sim, o que você toparia experimentar ainda esta semana para sair um pouquinho do seu porto seguro?

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Agora, quero saber o que este nosso encontro semanal te fez refletir.

Estou no Instagram como @luanamarques.phd e adoro conversar com os leitores da Veja por lá. Me conta o que esse texto te fez pensar sobre seu porto seguro?

Até a próxima semana!

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