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Quem tem fundos de investimento no Banco Master será afetado?

Para quem possui fundos de investimento no conglomerado Master, as dúvidas podem ser grandes. A preocupação vem depois da apreensão de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, realizada pela Polícia Federal na véspera. Com isso, o Banco Central decidiu decretar, na manhã desta terça-feira, 18, a liquidação extrajudicial da instituição. A medida encerra de imediato suas atividades e transfere a responsabilidade sobre os depósitos para o Fundo Garantidor de Créditos (FGC)

Os cotistas de fundos administrados pelo banco serão afetados, mas de modo diferente do que ocorre em produtos bancários nos quais, ao investir, torna-se credor da instituição financeira liquidada. No caso de fundos de investimento, eles são administrados pela gestora de recursos do Banco Master. Com a liquidação da instituição, devem somente passar por uma substituição no administrador do fundo.

Isso porque os fundos possuem CNPJ próprio. Portanto, seus investidores são como coproprietários daquela “empresa”, e o dinheiro depositado é mantido em uma estrutura separada do administrador. Dessa forma, ele está protegido.

Bruno Perri, economista-chefe, estrategista de investimentos e sócio-fundador da Forum Investimentos, explica que se os fundos, ainda que administrados pelo Banco Master, não detinham títulos de crédito do banco em suas carteiras, o efeito é muito menor e limita-se, de fato, à transferência de administração.

Por outro lado, se os fundos investiam em títulos de crédito do próprio banco — como CDBs, Letras Financeiras e Letras de Crédito —, o efeito é mais sensível. Nesse caso, a tendência é de haver a marcação negativa (a zero) desses títulos na carteira, afetando as cotas dos fundos em questão. “A magnitude dessa marcação vai variar conforme o grau de exposição, se houver”, afirma o especialista.

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O que são fundos de investimento?

Os fundos são uma das modalidades de investimento financeiro, mas possuem uma particularidade: não se encaixam nas categorias de renda fixa ou renda variável. Eles são um universo à parte, uma vez que se enquadram como um serviço — e não um produto de investimento —, em que se pode investir em diferentes ativos, como tesouro direto, ações e derivativos.

Na prática, ao transferir uma quantia para o fundo, o investidor se torna um cotista. O fundo, por sua vez, reúne o dinheiro, administrado por um gestor profissional, de vários cotistas. A partir daí, a tarefa do fundo é cuidar das aplicações dos investidores de maneira que a rentabilidade seja a melhor para todos.

Vale lembrar que essa modalidade não tem garantia do FGC, ou seja, não é fiscalizada pela associação. Em casos de irregularidades no serviço, eles são detectados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) ou pela própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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