Em Três Graças, a trajetória das mulheres da família Maria das Graças é atravessada por uma repetição dolorosa. Gerluce (Sophie Charlotte), sua mãe Lígia (Dira Paes) e a filha Joélly (Alana Cabral) compartilham uma história que se repete há décadas: a maternidade solo na adolescência. O drama atravessa gerações e revela as marcas deixadas pela ausência paterna e pela luta diária dessas mulheres por dignidade e sobrevivência. O pai de Gerluce é Joaquim (Marcos Palmeira). A mocinha se envolveu com Jorginho Ninja (Juliano Cazarré), antigo líder da facção da comunidade da Chacrinha, que está preso — motivo que faz a protagonista esconder a identidade dele da filha.
Lígia, a matriarca, é apresentada como uma mulher doce, resiliente e dona de uma força silenciosa. Abandonada por Joaquim (Marcos Palmeira), um homem recluso e incapaz de assumir responsabilidades, ela criou a filha sozinha, sustentando a casa com trabalho e coragem. Sua história se tornou o exemplo que moldou o caráter de Gerluce — determinada, trabalhadora e disposta a enfrentar o que fosse necessário para proteger a própria filha.
Mas o passado cobra seu preço. Jovem e sonhadora, Gerluce se envolveu com Jorginho Ninja (Juliano Cazarré), antigo líder da facção da comunidade da Chacrinha, em São Paulo. O relacionamento terminou com a prisão dele e uma gravidez inesperada. Desde então, ela criou Joélly com a ajuda da mãe, sem qualquer apoio paterno, repetindo o ciclo que tanto temia.
O tempo passa, mas o destino parece insistir. Agora, é Joélly, aos 15 anos, quem vive o mesmo dilema. A jovem descobre estar grávida logo no início da trama, para o desespero de Gerluce, que vê ruir seu maior esforço: impedir que a filha repita o passado das Marias das Graças.
