Três fisiculturistas brasileiros, um homem e duas mulheres, se destacaram recentemente nos concursos internacionais de fisiculturismo Mr. Olympia, realizado em Las Vegas, nos Estados Unidos. Foram três medalhas de ouro nesta que é considerada a Copa do Mundo do fisiculturismo.
A conquista mais impactante e histórica foi a de Ramon Dino, na categoria Classic Physique. O acreano, conhecido como “Dinossauro”, não apenas levou a cobiçada coroa, mas também colocou o Brasil no topo do mundo do fisiculturismo pela primeira vez em uma categoria masculina.
Anteriormente, todos os 11 títulos brasileiros no Mr. Olympia haviam sido conquistados por mulheres. Portanto, o título de Dino é um marco que quebra essa barreira e o insere definitivamente na história do esporte nacional. A vitória de foi o ápice de uma trajetória de constante evolução, após três anos batendo na trave com dois vice-campeonatos (2022 e 2023) e um quarto lugar (2024).
A consagração preencheu o espaço deixado pela aposentadoria do hexacampeão Chris Bumstead (CBum). Nas finais, Dino demonstrou uma linha sólida, destacando-se nas poses de costas, e confirmou o favoritismo que já havia sido indicado nas prévias ao figurar no centro do palco, à frente de Mike Sommerfeld e Ruff Diesel. O feito inédito na Classic Physique rendeu ao atleta 100 mil dólares, cerca de 550 mil reais, o maior prêmio de sua carreira.
Se Ramon Dino abriu caminho para os homens, as atletas brasileiras reforçaram sua superioridade incontestável no palco feminino, garantindo dois outros ouros. A vitória de Eduarda Bezerra na categoria Wellness tem um peso significativo por sustentar uma hegemonia nacional que se mantém desde a criação da categoria. A categoria Wellness, estabelecida em 2021, não conhece outra nação campeã além do Brasil.
Eduarda Bezerra, que é pernambucana, conquistou o título pela primeira vez, superando a compatriota Isa Pereira Nunes, que havia sido a campeã da edição anterior, em uma disputa acirrada. O domínio brasileiro foi tão absoluto que o pódio da Wellness contou com três atletas do país entre os quatro primeiros: Eduarda Bezerra (1º), Isa Nunes (2º) e Rayane Fogal (4º). A categoria Wellness valoriza o equilíbrio entre força, simetria e curvas femininas.
Outro triunfo importantíssimo para o Brasil foi o de Natália Coelho (Natalia Abraham Coelho) na categoria Women’s Physique. A atleta conquistou o bicampeonato na modalidade, contribuindo para os três ouros brasileiros em 2025, que, somados aos anteriores, elevaram o total de títulos do Brasil para 14 no Mr. Olympia.
