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Quem é a ‘direita prostituta’ que Malafaia atacou em ato na Paulista

Conhecido pelas falas inflamadas, o pastor Silas Malafaia discursou no ato de Jair Bolsonaro a favor da anistia, na Avenida Paulista, no último domingo, 29, e disparou contra o que classificou de “direita prostituta” no Brasil.

Ao criticar a atuação de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso que apura a tentativa de golpe, Malafaia criticou a inação de parlamentares para pedir o impeachment do ministro.

“Cadê senadores? (…). Sabe por que um cara desse não toma impeachment? Porque quem tem poder pra isso é o Senado, e vou dizer para vocês. Porque nós temos uma direita prostituta, vagabunda, que se vende. Nós temos uma direita séria e verdadeira, mas grande parte dela é um bando de vagabundo vendilhão”, vociferou o pastor a uma multidão que entoou gritos de “assassino” e “fora, Xandão”.

A VEJA Silas Malafaia disse não querer nomear quem seriam os integrantes dessa “direita prostituta”, mas afirmou que se tratam de partidos que têm ministérios e cargos no governo Luiz Inácio Lula da Silva e que, ao mesmo tempo, brigam pelo espólio eleitoral de Bolsonaro na esteira da inelegibilidade do ex-presidente. Nos últimos meses, o movimento foi capitaneado, principalmente, por governadores de direita que almejam o Planalto em 2026.

Os partidos à direita que têm ministérios no governo Lula são o PP, o União Brasil, o Republicanos e o PSD. “Como é que gente que tem ministério no governo Lula vem com essa conversa de que ‘estamos unidos’ e que precisamos ter uma alternativa a Bolsonaro? Que moral esses caras têm para falar isso? Não têm moral nenhuma para capitanear isso. É isso que chamo de direita prostituta. Os caras têm tentáculos no governo Lula e querem decidir quem será o candidato da direita?”, diz Malafaia. “Essa é a direita prostituta, vagabunda, que se vende para a esquerda. É pior do que a esquerda, porque se utilizam da direita, se utilizaram da imagem de Bolsonaro, e agora querem comer a carniça”, prossegue.

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O pastor critica o movimento antecipado de nomes da direita que tentam rifar Bolsonaro “antes da hora” e lembra que, quando Lula estava preso, em 2018, esperou até o prazo final da Justiça Eleitoral para indicar Fernando Haddad como cabeça de chapa. “Ele [Lula] foi até os 48 minutos do segundo tempo. Por que Bolsonaro tem que abrir a boca agora para falar de A, B ou C?”, afirma o pastor.  “Quem tem que dar a palavra é o senhor Jair Messias Bolsonaro”, diz.

Ausências

Apesar da presença de deputados, senadores e governadores — como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro; e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina –, o ato de domingo foi marcado também por ausências de mandatários que, curiosamente, pertencem a partidos que integram, em maior ou menor grau, o governo Lula.

Os governadores do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que estiveram na última manifestação, em abril, não participaram do ato. Ambos são cotados para disputar a Presidência em 2026.

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O senador e ex-ministro de Bolsonaro, Ciro Nogueira, presidente do Progressistas, também não participou do evento. No mesmo dia, ele esteve em confraternização com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), e o presidente do União Brasil, Antonio Rueda — ambas as legendas viabilizam uma federação que deverá se chamar União Progressista.

 

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