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Que raios o shutdown tem a ver com o Brasil?

 

Se existe um mercado que sofre de ansiedade generalizada — em estágio agudo, crônico e provavelmente sem cura prevista pela medicina — é o financeiro. Aqui, todo mundo tenta antecipar até o que ainda não aconteceu, e o que acontece fora do Brasil pesa tanto quanto o noticiário local. Nos Estados Unidos, qualquer espirro vira tempestade por aqui — e o tal shutdown vira quase um eclipse solar: raro, barulhento e superestimado. Trata-se da paralisia parcial do governo quando Casa Branca e Congresso batem cabeça e não aprovam o orçamento. A graça — ou o problema — é que sua importância é mais psicológica do que prática: o mercado entra em modo pânico não pelo impacto real, mas pela falta de dados econômicos que ele causa.

Sem números frescos (ou confiáveis) sobre empregos, demissões e atividade econômica, o investidor fica tateando no escuro, tentando prever o próximo movimento do Federal Reserve. E é aí que o Brasil entra — não como protagonista, mas como aquele espectador que depende do humor do Fed para saber se pode levantar da cadeira. Nem o fim da paralisação parece ter jogado luz sobre os dados, nem se eles serão divulgados.

Juros mais baixos nos EUA significam menos recompensa para os investimentos, portanto, uma fuga para mercados emergentes. A B3 acumulou 23% de alta em 12 meses e 14,6% só nos últimos três. A bolsa colombiana (BVC) subiu 34,21% no ano, e a argentina (BYMA), quase 13%.

E como tudo no mercado, a história ainda está em andamento. No Programa Mercado de hoje, a partir das 10h, vamos destrinchar para onde correm os investimentos daqui pra frente.

 

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