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Quase um quinto dos brasileiros vive em áreas com milícias e facções

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira, 16, pelo Datafolha mostrou que quase um quinto (19%) dos brasileiros afirma viver em regiões em que há a presença evidente do crime organizadomilícias ou facções criminsoas. Em números absolutos, isso equivale a 28,5 milhões de brasileiros, mais do que toda a região metropolitana da capital paulista, que tem 21,3 milhões de habitantes.

A pesquisa, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que houve um crescimento expressivo desse número no último ano. O mesmo levantamento feito em 2024 chegou a um percentual de 14% dos brasileiros diziam viver em regiões controladas por facções e milícias, o que equivalia, na época, a 23 milhões de pessoas.

Essa não foi, contudo, a única estatística que aumentou na pesquisa de 2025 divulgada nesta quinta. A quantidade de pessoas que disse ter cemitérios clandestinos na sua cidade subiu de 8% para 12%. Os entrevistados que afirmaram ter, em seus trajetos para a escola, trabalho ou residência, pontos de uso de entorpecentes coonhecidos como “cracolândias” também subiram de 17% para 19%. Um último ponto da pesquisa também apontou que a oferta de vigilância privada nos bairros feita por policiais militares em períodos de folga foi de 18% para 21%.

A pesquisa publicada nesta quinta foi feita a partir de dados colhidos antes de grandes forças-tarefa que miraram o crime organizado, como a Operação Carbono, que no final de agosto desarticulou um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro usado pelo PCC envolvendo fintechs de grande porte e postos de gasolina. Depois dessa, houve várias outras operações, como a Quasar e a Tank, que também miraram esquemas similares.

A inflitração do crime organizado nos negócios lícitos como forma de lavar dinheiro, aumentar sua presença e poder foi tema de reportagem na edição nº 2960 de VEJA. Na últim edição, reportagem de VEJA também revela como o crime organizado se mistura aos negócios de falsificação e de adulteração de produtos.

 

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