Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira, 9, mostra que o eleitor que foi às urnas na eleição presidencial de 2022 para decidir a apertada disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro não está, três anos depois, arrependido do que fez com o seu voto. Segundo o levantamento, 91% dos entrevistados dizem não estar arrependidos, enquanto 8% afirmam que estão e 1% não souberam ou não quiseram responder. O percentual dos não arrependidos é de 91% entre os eleitores de Lula e chega a 92% entre aqueles que votaram em Bolsonaro.
Entre os eleitores de Lula que se mostraram arrependidos do seu voto, quase a metade (4%) diz que tem o PT como partido de preferência — o que indica forte decepção no núcleo duro do eleitorado de Lula A maior parcela dos arrependidos de terem escolhido o petista, no entanto, está entre os eleitores da Região Sul (11%) e entre os que recebem de dois a dez salários mínimos (10%).
Já o percentual de não arrependidos é maior entre os que recebem de cinco a dez salários mínimos (94%). Entre aqueles que já declararam seu voto em Lula em 2026, 95% não demonstraram arrependimento por sua escolha na eleição passada. O instituto não divulgou outros detalhes sobre a pesquisa.
No caso de Bolsonaro, vale destacar que a pesquisa foi feita após a prisão do ex-presidente em regime fechado, em razão de condenação pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de estado — o que mostra que a maioria significativa do seu eleitorado não o abandonou em razão disso.
Importância das eleições
O Datafolha também perguntou como o eleitor avalia a importância da disputa nacional do ano que vem. Os entrevistados foram questionados se a eleição presidencial do próximo ano terá um papel importante, um pouco importante ou nada importante na sua vida e na vida de sua família.
Para 77% deles, a eleição de 2026 terá um papel muito importante; para 14%, um pouco importante, e para 8%, nada importante.
Segundo o instituto, a eleição é mais importante para quem votou em Bolsonaro na eleição anterior (85%) em relação ao eleitorado que escolheu Lula na ocasião (79%). O processo eleitoral é tratado como mais prioritário na faixa etária de 45 a 59 anos (80%) e menos entre os votantes com mais de 60 anos (12% disseram que a eleição é nada importante).
Pesquisa
O levantamento ouviu 2.002 eleitores em 113 municípios do país entre os dias 2 e 4 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.