O tenista João Fonseca conseguiu mais uma ‘proeza’ ao se tornar o primeiro brasileiro convidado para disputar Laver Cup, um dos mais tradicionais torneios de tênis do mundo, criado por Roger Federer, em 2017, e que conta com os melhores atletas da modalidade em suas edições; para a edição de 2025, que acontece em em São Francisco, nos Estados Unidos, ele estreia nesta sexta-feira (19) contra o italiano Flavio Cobolli, às 23h. O torneio também conta com nomes como o líder do ranking Carlos Alcaraz, Alexander Zverev, Holger Rune e Taylor Fritz.
Quando criada, a Laver Cup era para acontecer de dois em dois anos, mas fez tanto sucesso que acabou se tornando anual, muito mais pelas questões comerciais envolvidas e o número de patrocinadores importantes, casos de Rolex, Mercedez Bens e UBS.
Com apenas 19 anos, Fonseca é considerado estrategicamente importante na disputa, não apenas pela ascensão meteórica — terminou 2024 na 145ª posição, e está na 42ª atualmente no ranking mundial, mas pelo fato de ser o único representante do Brasil, país considerado fundamental para a expansão da modalidade.
Para especialistas, o histórico recente de João Fonseca é de um jovem que conseguiu, com sua idade, mais do que Guga tinha conquistado com a mesma, e a imagem de ‘bom moço’ do tenista, atrelada ao histórico dele com as marcas, comprova o potencial do brasileiro e o interesse de grandes companhias pela sua presença.
“Este momento do João Fonseca pode trazer inúmeros benefícios para a indústria esportiva, gerando mais interesse pelo tênis, tanto para praticá-lo, quanto para acompanhar as competições. O nome dele já está em alta há alguns meses, ou seja, é o timing perfeito para instituições, marcas e clubes potencializarem sua atuação em torno desse esporte”, comenta Joaquim Lo Prete, Country Manager da Absolut Sport no Brasil, agência que comercializa pacotes para alguns torneios internacionais da modalidade, como Roland Garros e Wimbledon.
Em ascensão
Natural do Rio de Janeiro, o tenista conquistou seu primeiro título de ATP em Buenos Aires em fevereiro, e no Austrália Open disputado em janeiro deste, venceu Andrey Rublev, então número 9 do mundo. Nesta disputa, ele se tornou o mais jovem da Era Aberta a entrar na chave de um Grand Slam.
Fonseca já havia chamado a atenção em outros torneios, mas todos eles juvenis; em 2023, com apenas 17 anos, conquistou o conquistar o US Open juvenil, e em 2022, foi um dos destaque da delegação brasileira que conquistou a Copa Davis Juvenil.
Fora das quadras, João Fonseca também começa a acumular novos patrocínios. O principal deles foi fechado este ano, ao assinar um contrato de cinco anos com a XP, empresa de investimentos. Pelo acordo, o atleta estampará a marca em sua camiseta e participará em ações de marketing.
O acordo amplia da lista de parceiros do tenista, que também é patrocinado pela plataforma da ON Running, que tem Roger Federer como acionista e parcerias com Iga Swiatek, a número 2 do tênis feminino, e Ben Shelton, top 10 do masculino e duas vezes semifinalista de Grand Slam, e a marca suíça de relógios de luxo Rolex, se juntando a grandes nomes do esporte, como Roger Federer, Carlos Alcaraz, Iga Swiatek, Caroline Wozniack e Jannik Sinner.
“Ver surgir um novo fenômeno brasileiro do esporte é sempre uma grande notícia. Pelo histórico recente do atleta, percebemos que existe uma bela história nos seus próximos anos, mesmo em um esporte disputadíssimo e com grandes estrelas pelo mundo”, aponta Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.