O presidente da Rússia, Vladimir Putin, concordou em permitir que os Estados Unidos forneçam à Ucrânia “garantias de segurança robustas”, afirmou o enviado especial americano, Steve Witkoff, sobre a conversa que o mandatário russo teve com o presidente dos EUA, Donald Trump, no Alasca na última sexta-feira 15.
“Chegamos a um acordo para que os Estados Unidos e outras nações europeias pudessem efetivamente oferecer uma linguagem semelhante à do Artigo 5 para cobrir uma garantia de segurança”, continuou Witkoff, em referência à disposição crucial da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que afirma que um ataque armado a um país-membro deve ser considerado um ataque a todos os outros membros, exigindo defesa deles. Apesar da declaração, Putin continua se opondo fortemente à entrada da Ucrânia na Otan.
Para Witkoff, a possibilidade aberta a partir desse novo acordo poderia ser uma alternativa se a Ucrânia aceitar como suficiente e desistir de ingressar formalmente no grupo. Por isso, o enviado especial classificou o acordo como revolucionário, na opinião dele.
Ele também afirmou que os EUA também já fizeram tratativas com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e disse acreditar que a reunião prevista para a segunda-feira, 18, em Washington será produtiva.
Ao comentar a nova situação, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que o objetivo das negociações desta segunda é “apresentar frente unida” entre a Ucrânia e os aliados europeus. “Se formos fracos hoje, pagaremos um preço alto amanhã. Se a Europa quer ser livre e independente, precisamos ser temidos e precisamos ser fortes”, disse.