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Putin ameaça tomar mais terras da Ucrânia e chama líderes europeus de ‘porquinhos’

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu nesta quarta-feira, 17, que tomará mais territórios se a Ucrânia e líderes da Europa, chamados por ele de “porquinhos”, não dialogarem sobre os termos do acordo de paz elaborado pelos Estados Unidos. Na véspera, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que uma nova versão da proposta será apresentada a Moscou “em dias”.

“Se o lado oposto e seus patrocinadores estrangeiros se recusarem a participar de discussões substanciais, a Rússia conseguirá a libertação de suas terras históricas por meios militares”, disse ele durante uma reunião anual do Ministério da Defesa do país.

Putin frisou que suas tropas continuam a avançar em todas as frentes e que os objetivos da operação militar especial, como a Rússia chama a guerra, serão alcançados pela força ou pela diplomacia. O governo russo diz controlar cerca de 19% da Ucrânia, cálculo que abrange a maior parte da região leste de Donbas, grande parte das regiões de Kherson e Zaporizhzhia, e porções de outras quatro regiões, além da Criméia, anexada ilegalmente em 2014.

Além disso, o líder russo afirmou que não tem intenção de entrar em um conflito militar com a Europa — que acusa o Kremlin de lançar uma guerra híbrida contra o continente, uma estratégia que combina táticas militares com outras variadas, como campanhas de desinformação e ciberataques. A preocupação, segundo Putin, é sintoma de uma “histeria” europeia.

“No Ocidente falam em se preparar para uma grande guerra, e o nível de histeria está aumentando. As declarações sobre uma ameaça russa são mentiras. Buscamos cooperação mútua com os Estados Unidos e os estados europeus”, disse ele em um evento do Ministério da Defesa.

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No início deste mês, Putin elevou o tom e advertiu que seu governo “não planeja entrar em guerra com a Europa; mas se a Europa entrar, estamos prontos agora mesmo”. A repórteres, o líder russo falou sobre “propostas inaceitáveis” para o fim da guerra com a Ucrânia, a caminho de completar quatro anos, e ironizou que os europeus “estão ofendidos por terem sido, por assim dizer, excluídos das negociações”.

A nova declaração ocorre um dia após países do flanco leste da União Europeia (UE) assinarem uma declaração conjunta em que afirmavam que era imprescindível a priorização “imediata e urgente” das suas capacidades defensivas frente à crescente ameaça russa. O documento — elaborado por Suécia, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia e Bulgária — também advertiu que a sensação de segurança “mudou de forma irreversível” pela invasão à Ucrânia e pelas incursões de drones atreladas a Moscou.

Desde setembro, drones romperam os céus da Polônia, Romênia, Estônia e Bélgica, parte do que a Europa entende como uma guerra híbrida. No final de novembro, caças romenos e alemães da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar ocidental, foram enviados para a fronteira da Romênia com a Ucrânia em resposta a uma incursão de drones no espaço aéreo de Bucareste — classificada pelo seu governo como uma provocação russa, em nova escalada das tensões na região.

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