O Paris Saint-Germain anunciou nesta terça-feira (28) o faturamento da última temporada 2024/25, com um recorde em sua história: 837 milhões de euros, o equivalente a mais de R$ 5,2 bilhões, superando os números de 2023/24, que foram de 806 milhões de euros. Foi a principal temporada do clube francês em toda a história, com a conquista inédita da Champions League, todos os títulos nacionais Campeonato Francês, Copa da França e Supercopa da França, e o vice-campeonato na Copa do Mundo de Clubes da Fifa.
A título de curiosidade, quando foi comprado pelo grupo QSI (Qatar Sports Investments, organização operada pelo governo do Catar), em 2011, o PSG tinha um faturamento de 99 milhões de euros, ou seja, os números praticamente se multiplicaram por dez.
Se comparado com os clubes brasileiros na última temporada, os valores são próximos da soma total dos 20 que disputaram a Série A, de acordo com dados do Relatório Convocados, com R$ 7,8 bilhões. O primeiro da lista foi o Flamengo, com R$ 1,2 bi de arrecadação.
Em nota oficial, o clube afirma que “este desempenho ilustra a maturidade do projeto iniciado desde a chegada do seu principal acionista, a QSI, e confirma a solidez do modelo econômico do clube, um dos mais eficientes do mundo.”
Além disso, o PSG diz que “o objetivo é se tornar a primeira franquia mundial do esporte e entretenimento”. Tudo porque, em números, ainda segue atrás de potências como Real Madrid, que na última temporada faturou 1,045 bilhão de euros, e Manchester City, com 837,8 milhões de euros.
Do total arrecadado, 367 milhões de euros (R$ 2,2 bilhões) foram em receitas comerciais e patrocínios, enquanto outros 175 milhões de euros vieram de vendas em dias de jogos, como bilheteria, produtos na loja do clube e alimentação.
Desde que assumiu o comando do PSG, ainda em 2011, Nasser Al-Khelaïfi tinha um objetivo: conquistar a tão sonhada Champions League, fato este conquistado no último ano. Al-Khelaifi é, na prática, o presidente do clube e líder do Qatar Sports Investments (QSI), fundo que administra a equipe desde que ele assumiu o controle das ações. Na apresentação, ele disse que transformaria o PSG numa das maiores potências do futebol mundial, o que de fato ocorreu, mas muito mais por causa dos investimentos em atletas renomados do que por grandes conquistas intercontinentais.
“Com as receitas em ascensão, o time deixou de ser só um clube tradicional de Paris e virou um gigante global, influenciando até a economia da França. As receitas dispararam, o turismo cresceu, a mídia deu mais atenção, e o futebol francês ganhou um novo status”, analisa Claudio Fiorito, presidente da P&P Sport Management Brasil, especializada no gerenciamento da carreira de atletas.