O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, anunciou nesta segunda-feira, 18, que o partido perderá seu último governador: Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul. Antes, a sigla já havia perdido os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de Pernambuco, Raquel Lyra, ambos para o PSD comandado por Gilberto Kassab.
O agora último dos tucanos é cortejado pelo PP e também pelo PSD. Em entrevista VEJA em junho deste ano, Riedel afirmou que estava “ouvindo e conversando com todos (os partidos)”.
Segundo Marconi, a decisão, que envolve ainda o ex-governador Reinaldo Azambuja, também de saída da legenda, ocorreu após um acordo que permitiu ao tucanato manter a sua representação parlamentar no estado. “Depois de um amplo entendimento, a gente acertou que o governador Riedel vai se filiar a um partido, o governador Azambuja vai se filiar a outro partido, e os nossos três combativos deputados federais vão ficar liderando essa estrutura em Mato Grosso do Sul no PSDB”, disse Perillo nesta segunda, 18.
Segundo o cacique, o entendimento da legenda é o de que é “fundamental dar continuidade” ao projeto e à estrutura partidária que o PSDB tem hoje no Mato Grosso do Sul. “Os três deputados vão, então, liderar uma nominata para que a gente possa pelo menos reeleger os três deputados, e quem sabe mais algum, na eleição do ano que vem”, disse Perillo, que elogiou os agora ex-correligionários. “Tendo o PSDB, continuando como um dos pilares desse sucesso da gestão do Riedel, começada pela gestão do Reinaldo”, disse. Questionado por jornalistas sobre o que o PSDB teria a “oferecer” após a janela, Perillo afirmou que será a própria estrutura partidária construída no estado.
Migração
Enquanto Riedel é cortejado pelo PP — uma de suas principais aliadas é a senadora Tereza Cristina (PP-MS) — e pelo PSD de Gilberto Kassab para disputar uma vaga ao Senado em 2026, Azambuja está em conversas avançadas com o PL de Valdemar Costa Neto e do ex-presidente Jair Bolsonaro para a corrida ao governo do Mato Grosso do Sul.