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Produção industrial cai 0,5% em maio, segundo mês seguido de recuo

A produção industrial brasileira recuou 0,5 % em maio frente a abril, já descontados os efeitos sazonais.  O dado vem em linha com a expectativa do mercado, que estimava um recuo desta magnitude para o período.

Na comparação com maio do ano passado houve avanço de 3,3 %. No acumulado de janeiro a maio, o setor cresceu 1,8 %, e em 12 meses a expansão chegou a 2,8 %. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 2, pelo IBGE. O pé no freio já vinha sendo registrado. No início de junho, a  Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que pela primeira vez desde setembro de 2023, o emprego industrial brasileiro encolheu: houve queda de 0,4% no número de postos de trabalho do setor entre março e abril.

O resultado da produção, divulgado pelo IBGE hoje, foi puxado pela queda em três das quatro grandes categorias econômicas. E 13 dos 25 ramos pesquisados caíram. Veículos automotores, reboques e carrocerias recuaram 3,9 %; coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, 1,8 %. Também pesaram alimentos (-0,8 %), produtos de metal (-2,0 %), bebidas (-1,8 %), vestuário (-1,7 %) e móveis (-2,6 %).

No entanto, as indústrias extrativas subiram 0,8 %, marcando a quarta alta seguida. Desde fevereiro a alta acumulada é de 9,4 %. Também contribuíram positivamente as indústrias de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,0 %), borracha e plástico (1,6 %), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (3,2 %) e químicos (0,6 %).

Em relação às categorias, apenas bens intermediários avançaram em maio (0,1 %). Bens de consumo duráveis caíram 2,9 %, bens de capital, 2,1 %, e bens de consumo semi e não duráveis, 1,0 %. A média móvel trimestral do total da indústria subiu 0,2 %, mantendo a tendência de alta iniciada em fevereiro.

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Contra maio do ano passado, o ganho de 3,3 % refletiu aumentos em três das quatro categorias: bens de consumo duráveis (15,4 %), bens intermediários (5,4 %) e bens de capital (0,8 %). Bens de consumo semi e não duráveis recuaram 2,9 %. No corte setorial, as maiores contribuições positivas vieram de indústrias extrativas (8,7 %), veículos (12,2 %), máquinas e equipamentos (12,6 %) e químicos (6,8 %). A única queda de peso foi em coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (-7,2 %), afetada pela menor produção de etanol.

Nos cinco primeiros meses do ano, bens de consumo duráveis lideraram com alta de 10,0 %, sustentados pela produção de automóveis (11,9 %) e eletrodomésticos da “linha marrom” (10,2 %). Bens intermediários cresceram 2,3 % e bens de capital, 1,9 %. Bens de consumo semi e não duráveis recuaram 1,2 %. No balanço setorial, indústrias extrativas, veículos, máquinas, químicos e metalurgia puxaram o desempenho positivo, enquanto coque, derivados de petróleo e biocombustíveis responderam pela maior pressão negativa.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do programa VEJA Mercado

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