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Procuradora que processou Trump é indiciada e acusa presidente de usar Justiça como ‘arma’

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, acusou nesta quinta-feira, 9, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de “transformar o sistema de justiça dos EUA em uma arma” após ser indiciada por fraude bancária, relacionada à compra de uma casa para a sua sobrinha na Virgínia. Em 2022, ela processou Trump por inflar ilegalmente seus ativos e patrimônio líquido. O caso foi apresentado por Lindsey Halligan, procuradora-geral dos EUA para o distrito leste da Virgínia, a um grande júri.

“Isso nada mais é do que a continuação da desesperada instrumentalização do nosso sistema de justiça pelo presidente. Ele está forçando as agências federais de segurança a obedecerem às suas ordens, tudo porque eu cumpri meu trabalho como procurador-geral do estado de Nova York”, disse James.

“Essas acusações são infundadas, e as próprias declarações públicas do presidente deixam claro que seu único objetivo é a retribuição política a qualquer custo. As ações do presidente constituem uma grave violação da nossa ordem constitucional e têm atraído duras críticas de membros de ambos os partidos”, concluiu ela.

Ex-advogada de Trump, Halligan assumiu o cargo no mês passado em meio à frustração do republicano com o ritmo das investigações contra seus rivais. Em comunicado, Halligan afirmou que “ninguém está acima da lei” e que “as acusações alegadas neste caso representam atos intencionais e criminosos e graves violações da confiança pública”, acrescentando: “Os fatos e a lei neste caso são claros, e continuaremos a segui-los para garantir que a justiça seja feita”.

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Rivais na mira

Não é a primeira vez, contudo, que um oponente de Trump entra na mira do Departamento de Justiça. No final de setembro, Halligan indiciou o ex-diretor do FBI, James Comey, por supostamente prestar declarações falsas em depoimento e obstruir um processo de investigação parlamentar no Congresso. Ele se declarou inocente nesta quarta-feira, 8.

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Comey foi demitido da chefia da agência federal em 2017, durante o primeiro mandato de Trump. Na época, o FBI investigava uma suposta interferência russa durante as eleições presidenciais de 2016. Após sua saída, ele se tornou um duro crítico do republicano, a quem já definiu como “moralmente inadequado” para o cargo de presidente.

Desde que retornou à Casa Branca, em 20 de janeiro, Trump não escondeu o desejo de punir adversários políticos. Em agosto, Jack Smith, ex-promotor especial responsável por processos contra o republicano, passou a ser investigado por atividade política ilegal — segundo Trump, Smith tinha uma vendeta contra ele e tentava fortalecer a campanha presidencial democrata ao persegui-lo.

No mês passado, ampliou a mira para outros rivais: “E quanto a Comey, Adam ‘Shifty’ Schiff, Leticia??? Todos são culpados pra caramba, mas nada será feito”, escreveu na Truth Social, rede social da qual é dono, em publicação endereçada a Pam Bondi, a procuradora-geral dos EUA. “Não podemos adiar mais, isso está acabando com nossa reputação e credibilidade.”

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