O atual chefe da Defensoria Pública da União (DPU), Leonardo Cardoso de Magalhães, promete manter a aposta em soluções extrajudiciais e conciliações se for indicado por Lula à recondução para mais um mandato de dois anos, buscando consolidar a trajetória de redução da litigiosidade do órgão. Ele foi o primeiro colocado na eleição interna da lista tríplice, que seguirá para a escolha do presidente da República.
Magalhães teve 486 votos, o que representa 70% dos pouco menos de 700 defensores públicos federais em atuação no país. Completam a lista Tarcijany Linhares Aguiar Machado (279 votos), atual defensora regional de direitos humanos substituta no Ceará, e Fabiano Caetano Prestes (251 votos), integrante da categoria especial e lotado em Brasília.
Em declaração ao Radar depois do resultado, o atual chefe da DPU afirmou que, sob sua gestão, o órgão assumiu um “protagonismo maior” em temas nacionais, citando o mutirão para atender as famílias atingidas pela tragédia climática no Rio Grande do Sul, na repactuação do acordo de reparação a vítimas do desastre de Mariana e no acordo de ressarcimento a aposentados pela fraude no INSS.
“Nosso propósito é dar uma nova feição à instituição, entregando direitos de forma mais rápida, valorizando a solução extrajudicial e apostando muito nas conciliações”, disse Magalhães.
O candidato à recondução também afirmou que inaugurou 29 novos postos de atendimento da DPU em seu primeiro mandato. “Em um eventual segundo (mandato), se escolhidos pelo presidente da República e aprovados pelo Senado, temos certeza de que poderemos avançar ainda mais na ampliação do acesso da população à Defensoria”, acrescentou.