A primeira-dama da França, Brigitte Macron, aproveitou a viagem oficial do presidente Emmanuel Macron à China para reencontrar um velho amigo nesta sexta-feira, 5: o panda-gigante Yuan Meng. Nascido no zoológico Beauval, em Paris, o animal foi batizado por Brigitte, sua “madrinha”, e vive na Base de Pesquisa de Criação de Panda Gigante de Chengdu, no sul chinês, desde que deixou a cidade das luzes em 2023.
“Quando nascem, são assim”, afirmou Brigitte, levantando dois dedos a uma curta distância um do outro, maravilhada ao ver o quanto Yuan Meng, cujo nome significa “realização de um sonho”, cresceu desde que deixou a capital francesa. “Eles têm um caráter muito independente”, acrescentou a primeira-dama, enquanto o panda vagava por sua morada, ignorando os gritos dos transeuntes que tentavam chamar sua atenção.

Com caráter oficial, a visita de Macron teve o objetivo de discutir com o presidente chinês, Xi Jinping, questões relacionadas, entre outros temas, à guerra na Ucrânia e laços comerciais. Mas também garantiu que Paris receba uma nova leva de pandas em 2027, quando dois animais serão enviados para o zoológico Beauval após a assinatura de uma carta de intenção junto à Associação de Conservação da Vida Selvagem chinesa.
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O acerto representa uma nova fase na cooperação de uma década entre Paris e Pequim no que diz respeito aos animais. Em novembro, o zoológico francês devolveu à China dois pandas de 17 anos — Yuan Zi, um macho, e sua parceira Huan Huan. Eles haviam passado 13 anos na França, onde foram pais de Yuan Meng, concebido através de inseminação artificial.


A dupla de pandas também concebeu gêmeos no zoológico Beauval em 2021 — as fêmeas Huanlili e Yuandudu, cujo “padrinho” é ninguém mais do que a estrela do futebol Kylian Mbappé. Embora seja esperado que as filhotes deixem Paris no futuro, a Associação de Conservação da Vida Selvagem disse esperar que elas sigam por lá até 2027.
Especialistas apontam que a China vem utilizando há décadas uma estratégia política chamada de “diplomacia dos pandas”, que visa suavizar e promover relações com outras nações a partir da cooperação no cuidado com os animais. Eles são dados como presentes a países amigos e emprestados temporariamente para zoológicos no exterior, normalmente com termos comerciais.