counter Primeira-dama da França defende uso de xingamento contra manifestantes feministas – Forsething

Primeira-dama da França defende uso de xingamento contra manifestantes feministas

A primeira-dama da França, Brigitte Macron, se pronunciou sobre a repercussão de comentários considerados sexistas dirigidos a manifestantes feministas, descrevendo-os como “desajeitados” e reafirmando que foram feitos em um momento privado, sem a intenção de se tornar público.

Em entrevista à plataforma digital Brut, publicada na segunda-feira, Brigitte explicou que suas palavras foram uma tentativa de tranquilizar o ator francês Ary Abittan, cujo espetáculo havia sido interrompido na noite anterior por ativistas que o acusavam de abuso sexual. Durante a conversa nos bastidores do teatro Folies Bergère, em Paris, Brigitte descreveu as manifestantes como “vadias sujas” e afirmou que seriam retiradas do local, segundo relato do vídeo divulgado.

O episódio gerou reação imediata de grupos de defesa das mulheres e críticos políticos do marido, o presidente Emmanuel Macron. A primeira-dama afirmou compreender o choque causado, mas enfatizou que se tratava de um momento privado e que não falava em sua função institucional.

“Não estou sempre no papel de esposa do presidente. Também tenho vida privada. Lamento se ofendi mulheres vítimas de violência, elas são meu único foco”, disse.

Brigitte Macron criticou ainda os protestos contra Abittan, argumentando que a interrupção de apresentações artísticas configura censura. Ela destacou que o ator, ex-acusado de estupro em 2021, teve o caso arquivado por falta de provas em 2024, decisão confirmada em instância superior.

Continua após a publicidade

Para ela, manifestações desse tipo contribuem para a “cultura da impunidade”, mas não justificam ataques pessoais ou constrangimento público a artistas.

A primeira-dama afirmou não se arrepender de ter falado, mas reconheceu que a forma como se expressou foi inadequada. “Reassegurei ele de uma maneira desajeitada, mas naquele momento não havia outras palavras disponíveis. Ainda assim, acredito que todos têm direito a falar e pensar”, concluiu.

O episódio reacende o debate sobre o papel público de familiares de chefes de Estado e os limites entre vida privada e responsabilidade política, especialmente em temas sensíveis como violência de gênero, amplamente discutidos na França e internacionalmente.

Publicidade

About admin