O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, subiu 0,18% em outubro, após avanço de 0,48% em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 24, pelo IBGE. O resultado ficou abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro, de 0,21%, conforme levantamento da Bloomberg, e representa a menor taxa para o mês desde 2022 (0,16%).
Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 3,94% no ano e 4,94% em 12 meses, desacelerando frente aos 5,32% observados no período imediatamente anterior. A leitura reforça a percepção de que o processo de desinflação segue em curso.
O grupo Transportes (0,41%) foi o principal responsável pela alta do índice em outubro, revertendo a queda de 0,25% registrada em setembro. O avanço foi puxado, sobretudo, pelos combustíveis (1,16%) e pelas passagens aéreas (4,39%).
Já Despesas pessoais avançaram 0,42%, puxadas por serviços ligados a recreação e cuidados pessoais.
Apesar da alta, economistas destacam que o corte anunciado pela Petrobras no preço da gasolina nas refinarias, no início da semana, deve aliviar o IPCA de novembro e ajudar a consolidar uma trajetória mais benigna para os preços no fim do ano.
Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda, 20, mediana das projeções para o IPCA de 2025 recuou para 4,7%, aproximando-se do teto da meta de 4,5%. Parte dos analistas já aposta em uma inflação até menor, caso o real siga estável e os preços de combustíveis mantenham o ritmo de queda.