Preso nesta sexta pela Polícia Federal, na esteira da investigação sobre um possível plano de fuga do delator Mauro Cid, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado negou todas as acusações pendentes contra ele na apuração.
A PF levou o caso ao STF depois de ter descoberto indícios de que Machado teria acionado o Consulado de Portugal no Recife para providenciar um passaporte português ao delator.
No depoimento, Machado disse que o último contato dele com Cid se deu em 2022, pouco depois das eleições presidenciais. O ex-ministro afirmou ainda que não conversou com familiares do delator nem tratou com diplomatas de outros países da eventual emissão de passaporte em nome de Cid.
Segundo Machado, ele procurou, de fato, o Consulado de Portugal, no mês passado, para providenciar um passaporte para o pai dele, Carlos Eduardo. O documento foi emitido. No relato de Machado, ele descreve em detalhes as conversas que teve para providenciar o documento do pai e dá os nomes dos funcionários do consulado de Portugal que falaram com ele. Ainda detalhou as mensagens de WhatsApp e telefonemas feito sobre o tema.
No depoimento, o ex-ministro afirma que “nunca procurou qualquer pessoa em qualquer consulado ou embaixada de Portugal ou qualquer outro país buscando passaporte para Mauro Cid”.