No último domingo, a presidente do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Rocha, participou de um ato na Catedral da Sé, no Centro de São Paulo, para lembrar os 50 anos da morte do jornalista Vladimir Herzog, assassinado no DOI-CODI durante o regime militar. Em sua fala, a ministra pediu perdão pelos crimes cometidos pelos militares ao longo desse período da história brasileira.
“Eu peço, enfim, perdão à sociedade brasileira e à história do país pelos equívocos judiciários cometidos pela Justiça Militar Federal em detrimento da democracia e favoráveis ao regime autoritário. Recebam meu perdão, a minha dor e a minha resistência”, disse Maria Elizabeth.
Colega da ministra no STM, o tenente-brigadeiro do ar Carlos Augusto Amaral Oliveira não gostou da fala e usou um espaço da sessão da Corte, nesta semana, para registrar sua contrariedade.
Amaral recomendou que Maria Elizabeth estudasse “um pouco mais de história do tribunal para opinar sobre a situação no período histórico a que ela se referiu”, no caso, o regime militar. Também recomendou que a ministra refletisse “sobre as pessoas a quem pediu perdão”.
O ministro também afirmou que a fala reparadora “nada agrega pela superficialidade e abordagem política em um evento que entendia ser um ato ecumênico”.
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