counter Presidente do México insta ONU a evitar ‘derramamento de sangue’ na Venezuela – Forsething

Presidente do México insta ONU a evitar ‘derramamento de sangue’ na Venezuela

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, apelou nesta quarta-feira, 17, para que as Nações Unidas atuem de forma mais firme para evitar um possível “derramamento de sangue” na Venezuela, em meio à escalada de tensões entre o regime de Nicolás Maduro e os Estados Unidos. A declaração foi feita durante a tradicional coletiva matinal no Palácio Nacional, na Cidade do México.

Sheinbaum afirmou que o México é contrário a qualquer tipo de intervenção ou interferência estrangeira nos assuntos venezuelanos e cobrou protagonismo da ONU diante do agravamento do cenário regional. “Faço um chamado às Nações Unidas para que cumpram seu papel. A ONU não esteve presente e deve assumir a responsabilidade de evitar qualquer derramamento de sangue”, disse a presidente.

O posicionamento ocorre um dia depois do presidente americano, Donald Trump, ordenar um “bloqueio” a todos os navios petroleiros sob sanções que entrem ou saiam da Venezuela. A medida foi duramente criticada pela ditadura, que classificou a decisão como uma “ameaça grotesca” e uma escalada perigosa no confronto diplomático e militar.

Além de condenar o novo cerco, Sheinbaum defendeu a retomada do diálogo e a desescalada das tensões entre Caracas e Washington. Segundo ela, o México está disposto a atuar como mediador de negociações ou a sediar encontros entre representantes dos dois países. “O mundo inteiro deve garantir que não haja intervenção e que se busque uma solução pacífica”, afirmou.

O clima entre Estados Unidos e Venezuela se deteriorou ainda mais nos últimos dias. Trump, que acusa Maduro de chefiar um cartel agora classificado como uma organização terrorista estrangeira pelos Estados Unidos, deve fazer um pronunciamento à nação nesta quarta-feira à noite, direto da Casa Branca, sobre o tema. O governo americano já deslocou quase 15 mil soldados e mais de dez navios de guerra — incluindo o maior porta-aviões do mundo — para áreas próximas à costa venezuelana, no Caribe.

Em resposta, o regime de Maduro divulgou um comunicado denunciando as ações americanas e acusando Washington de tentar obter controle das vastas reservas de petróleo do país sul-americano. A movimentação militar e o endurecimento do discurso elevaram o alerta na região e reforçaram o temor de um confronto de maiores proporções.

Publicidade

About admin