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Premiê da Polônia diz que risco de conflito militar é o maior desde a 2ª Guerra após invasão de drones russos

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, afirmou nesta quarta-feira (10) que o risco de um grande conflito militar na Europa está “mais próximo do que em qualquer outro momento desde a Segunda Guerra Mundial”, após uma série de incursões de drones russos no espaço aéreo do país.

Segundo Tusk, “um número enorme de drones russos” violou o espaço aéreo polonês entre a noite de terça (9) e a manhã desta quarta. Três deles foram abatidos, e há indícios de que um quarto também tenha sido derrubado.

“Estou em contato constante com o secretário-geral da Otan e com nossos aliados”, disse o premiê em publicação na rede X.

O Ministério do Interior confirmou que já foram encontrados sete drones e restos de um míssil de origem não identificada em diferentes regiões da Polônia.

Um dos aparelhos percorreu quase 300 km até cair em um campo em Mniszków, no centro do país. Outro foi localizado em Czosnówka, a 50 km da fronteira com Belarus, trazendo inscrições em cirílico.

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, chamou o episódio de “violação imprudente e sem precedentes do espaço aéreo da Polônia e da Europa” e defendeu novas sanções contra Moscou.

“Precisamos de mais pressão para que Putin vá à mesa de negociações. Estamos preparando o 19º pacote de sanções, incluindo medidas para acelerar a saída dos combustíveis fósseis russos”, declarou.

Líderes europeus também manifestaram solidariedade a Varsóvia. O presidente da França, Emmanuel Macron, classificou o ataque como “inaceitável” e disse que falará em breve com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte.

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O premiê da Holanda, Dick Schoof, afirmou que o episódio prova a ameaça representada pela Rússia para a segurança do continente. Governos da Irlanda, Finlândia e o Conselho Europeu também condenaram o ataque.

O aeroporto de Varsóvia chegou a ser fechado durante a madrugada, mas já reabriu com atrasos previstos ao longo do dia.

O encarregado de negócios da Rússia foi convocado pelo Ministério das Relações Exteriores da Polônia, mas negou que Moscou esteja por trás das incursões.

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Em discurso no Parlamento, Tusk informou que a Polônia vai acionar o Artigo 4 do Tratado do Atlântico Norte, que prevê consultas formais entre os membros da Otan quando a integridade territorial ou a segurança de um país é ameaçada.

O mecanismo foi utilizado apenas sete vezes desde 1949, a última em 2022, após a invasão russa da Ucrânia.

“O apoio verbal não é suficiente. Solicitaremos um respaldo muito maior de nossos aliados”, disse o premiê, reforçando que a cooperação com a Ucrânia é vital para a própria segurança polonesa.

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