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Premiê da Austrália é vaiado durante tributo às vítimas de ataque em Bondi

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, foi vaiado neste domingo, 21, durante uma homenagem às vítimas do ataque a tiros na praia de Bondi, em Sydney, há uma semana. O massacre aconteceu durante a celebração judaica do primeiro dia de Hanukkah, e deixou 15 mortos e aos menos 25 feridos.

Vaiado por parte dos presentes assim que chegou ao evento, Albanese sentou-se na primeira fila, vestindo um quipá — o tradicional chapéu judaico. O político também recebeu vaias quando seu nome foi citado durante um dos discursos. Líder de um governo de centro-esquerda, o premiê australiano é acusado por críticos de não tomar medidas efetivas para combater o antissemitismo no país, que escalou desde o início do conflito em Gaza.

Segundo o canal público australiano ABC News, Albanese anunciou uma revisão das agências de inteligência e de segurança após o ataque, e o governo afirma ter condenado reiteradamente atos antissemitas e aprovado leis para criminalizar o discurso de ódio — além de determinar a expulsão do embaixador do Irã, acusado de envolvimento com ataques contra alvos judaicos.

Na última quinta-feira, 18, Albanese se comprometeu em conduzir uma ofensiva contra o discurso de ódio e com foco em erradicar “o mal do antissemitismo”. As medidas incluem novas competências para perseguir pregadores extremistas e negar ou cancelar os vistos de quem propaga “o ódio e a divisão”, acrescentou Albanese.

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O tributo em homenagem às vitimas se estendeu durante todo o domingo. Às 18h47 (4h47 no Brasil), horário em que os disparos começaram, o país cumpriu um minutos de silêncio, com bandeiras a meio mastro em prédios públicos e interrupção da programação de rádio e televisão. As autoridades também pediram que os australianos acendessem velas em casa na noite de domingo, que marca o último dia do festival judaico das luzes.

Sobreviventes, autoridades e familiares das vítimas discursaram durante a cerimônia, emocionando os presentes. Em uma das falas mais aplaudidas, a sobrevivente Chaya Dadon, de 14 anos, adisse que o país está “se fortalecendo como nação”. O pai de Ahmed al Ahmed, civil que conseguiu desarmar um dos atiradores, e ficou ferido no ataque. também esteve presente na cerimônia. 

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Naveed Arkam, apontado pela polícia como autor do atentado, foi acusado de 59 crimes, incluindo 15 homicídios e um ato terrorista. Baleado no local, ele foi indiciado depois de acordar de um coma na quarta-feira, 17. Seu pai, Sajid, de 50 anos, foi morto pela polícia no local do ataque. Os dois atiraram contra centenas de pessoas que participavam da celebração judaica, abrindo fogo por cerca de 10 minutos. A polícia também encontrou um veículo, registrado em nome do jovem, com artefatos explosivos improvisados e duas bandeiras caseiras associadas ao Estado Islâmico.

 

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