Um mês antes de entregar as chaves da prefeitura a Zohran Mamdani, um crítico declarado de Israel, o atual prefeito da cidade de Nova York, Eric Adams, emitiu duas ordens executivas que, segundo ele, visam combater o antissemitismo. A primeira ordem proíbe os chefes e funcionários das agências municipais de se envolverem em “qualquer política que discrimine o Estado de Israel, cidadãos israelenses com base em sua origem nacional, ou indivíduos ou entidades com base em sua associação com Israel”. Também proíbe os funcionários que supervisionam o sistema de previdência da cidade de tomarem decisões alinhadas ao movimento de boicote, desinvestimento e sanções (BDS), que Mamdani já declarou apoiar.
Uma segunda ordem determina que a comissária de polícia da cidade de Nova York, atualmente Jessica Tisch, avalie propostas para regulamentar atividades de protesto que ocorram perto de locais de culto. “A cidade de Nova York sempre foi o caldeirão cultural desta nação, mas, com muita frequência, nos últimos anos, temos visto pessoas de ascendência judaica serem discriminadas e alvo de ataques”, disse Adams em um comunicado. As medidas são vistas como uma tentativa de conter Mamdani, primeiro prefeito muçulmano da cidade, que assumirá o cargo deem 1º de janeiro e cujo apoio à causa palestina gerou oposição dentro da comunidade judaica da cidade.