O prefeito da cidade mexicana de Uruapan, Carlos Manzo, de 40 anos, foi morto a tiros durante uma festa de Dia dos Mortos na noite deste sábado, 1º. Manzo era conhecido por uma visão de tolerância zero à criminalidade e chegou a ser apelidado de “Bukele mexicano” em referência ao presidente de El Salvador Nayib Bukele.
Segundo a Secretaria de Segurança e Proteção Cidadã do México, o crime ocorreu por volta das 20h10, quando um homem fez sete disparos na direção de Manzo. O prefeito chegou a ser levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O vereador Víctor Hugo de la Cruz também foi atingido, mas não corre risco de vida.
O atirador foi morto no local e policiais recolheram a arma e cápsulas deflagradas para perícia. Dois suspeitos foram presos.
Ainda de acordo com a secretaria, investigações preliminares apontam que a arma de fogo está relacionada a dois eventos envolvendo criminosos rivais que atuam na região. Imagens de câmeras de segurança estão sendo avaliadas e testemunhas estão sendo ouvidas para colaborar com as investigações.
O perfil no X da pasta informou ainda que o secretário de Segurança Omar Garcia Harfuch disse, em coletiva, que Manzo contava com proteção desde dezembro do ano passado e que houve reforço na segurança em maio deste ano. O efetivo era de 14 agentes da Guarda Nacional mexicana e dois veículos oficiais.
Governador de Estado de Michoacán de Ocampo, onde fica Uruapan, Alfredo Ramirez Bedolla afirmou que ações de segurança estão sendo realizadas no município e prestou condolências aos familiares de Manzo, incluindo Juan Manzo, que é subsecretário de governo.
“Sei que o assassinato dele gera muita raiva e indignação. Estamos todos consternados, mas vamos agir imediatamente para garantir que haja justiça e paz para o povo de Uruapan”, declarou, no X, em meio a fotos do velório do prefeito.
Presidente condena crime
A presidente do México Claudia Sheinbaum também usou as redes sociais para se manifestar e condenou o crime. Ela enfatizou a informação de que Manzo contava com proteção federal e que o Gabinete de Segurança do país vai atuar para que o assassinato do prefeito não fique impune.
“Desde o início desta administração, temos reforçado a Estratégia de Segurança. Estes lamentáveis acontecimentos obrigam-nos a reforçá-la ainda mais”, afirmou.
Claudia classificou o ato como vil e lamentou a morte de Manzo. “Condeno veementemente o vil assassinato do prefeito de Uruapan, Carlos Manzo. Apresento minhas mais profundas condolências à sua família e entes queridos, bem como ao povo de Uruapan, por esta perda irreparável.”