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Posições ‘inflexíveis’ de Moscou paralisam planos de reunião entre Putin e Trump 

Depois de Moscou afirmar que não há data ou detalhes marcados para uma nova reunião entre Vladimir Putin e Donald Trump, fontes da Casa Branca ouvidas pela agência de notícias Reuters confirmaram, nesta terça-feira, 21, que “não há planos para o presidente Trump se encontrar com o presidente Putin no futuro imediato”.

A movimentação segue telefonema entre o secretário de Estado americano, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, também após adiamento. Durante a conversa, o chanceler russo teria deixado claro que o local e o momento da próxima cúpula entre os presidentes é menos importante do que avanços para implementação de entendimentos alcançados no Alasca, durante reunião anterior entre os dois líderes.

+ Rússia diz que condições para paz não mudaram e reunião Putin-Trump não tem data

Mais cedo, líderes europeus pediram que Washington se mantivesse firme na exigência de um cessar-fogo imediato na Ucrânia, com as linhas de contato atuais servindo como base para quaisquer negociações futuras.

Nenhum dos lados abandonou publicamente os planos de Trump se encontrar com Putin. No entanto, dois diplomatas europeus ouvidos pela Reuters disseram que o adiamento do encontro entre Rubio e Lavrov é sinal de que os americanos estariam relutantes em prosseguir com uma cúpula entre Trump e Putin, a menos que Moscou cedesse em suas exigências.

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Em meio aos relatos na mídia dos EUA de que autoridades americanas acreditam que a Rússia ainda tem uma “posição maximalista”, o que dificultaria negociações em direção à paz na Ucrânia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse ter ficado surpreso com reportagens “inescrupulosas”.

“Quero confirmar oficialmente: a Rússia não mudou sua posição em relação aos entendimentos alcançados durante a cúpula do Alasca”, disse a repórteres.

As condições da Rússia para um eventual cessar-fogo giram em torno da retirada completa de tropas de Kiev das regiões que Moscou pretende anexar (cerca de 20% do território do vizinho) e o abandono das ambições ucranianas de se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a principal aliança militar ocidental.

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Recentemente, após relatos na imprensa de que Washington entendia que o presidente russo, Vladimir Putin, estava pronto para ceder em suas demandas territoriais, o porta-voz adjunto do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexei Fadeev, rejeitou quaisquer mudanças.

“A posição da Rússia permanece inalterada e foi expressa neste mesmo salão há pouco mais de um ano, em 14 de junho de 2024”, disse Fadeev, referindo-se a um discurso proferido por Putin na época no Ministério das Relações Exteriores.  Atualmente, a Rússia controla 19% da Ucrânia, incluindo toda a Crimeia, toda Luhansk, mais de 70% das regiões de Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson, e partes das regiões de Kharkiv, Sumy, Mykolaiv e Dnipropetrovsk.

Entram também no pacote de condições, segundo as agências estatais russas Tass e Interfax, a retirada completa de tropas ucranianas dos territórios desejados por Moscou, a interrupção de fornecimento de armas e inteligência do Ocidente à Ucrânia, a limitação do Exército ucraniano, tanto na quantidade de tropas quanto armas, e realização de novas eleições. Putin não reconhece Volodymyr Zelensky como líder legítimo da Ucrânia, afirmando que ele teria continuado no poder ilegalmente neste ano (eleições estavam previstas, mas não aconteceram devido ao estado de guerra).

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