Se eu te perguntasse agora, com toda a sinceridade: você vive a sua vida ou a vida que esperam de você?
Talvez você tenha se acostumado a dizer sim para tudo e para todo mundo, menos para você mesma. A cuidar de todos, menos de si.
E, se você é mulher, talvez te ensinaram que isso é amor. Que ser boa filha, boa esposa, boa mãe, boa profissional é sinônimo de se colocar sempre em último lugar.
Mas eu te pergunto, de coração aberto: em que momento cuidar de todo mundo virou sinônimo de se abandonar?
Hoje, vamos olhar pra isso. Sem a culpa de costume, mas com ousadia.
O roteiro que escreveram pra você
Desde cedo, muitas de nós aprendemos que viver é sinônimo de se sacrificar. Pelos filhos, pelo parceiro, pela carreira, ou pela aprovação alheia.
Sem perceber, entramos em roteiros que foram escritos por outros: pela família, pela cultura e pela sociedade.
Roteiros que dizem como uma mulher “deve” se comportar, o que ela “deve” priorizar, e até quando (e se) ela pode olhar pra si.
E, assim, adiamos nossos próprios desejos, vontades e projetos. Sempre esperando que chegue a tal “hora certa”.
Mas, se você for honesta consigo mesma, sabe que essa hora… raramente chega.
Quando a dedicação vira evitação
Se dedicar, amar, cuidar e estar presente para quem você ama é lindo. O problema é quando isso se transforma, silenciosamente, em evitação.
Quando você se percebe vivendo no modo automático.
Quando os dias passam, as semanas correm, os anos se acumulam… e você percebe que está vivendo uma vida que não tem mais sua cara.
E, no fundo, fica aquela pergunta incômoda, que talvez você tente calar, mas que não vai embora: de quem é essa história que eu estou vivendo?
Existe um ponto nesse caminho em que precisamos fazer uma pausa e nos perguntar:
Se eu pudesse escolher minha própria entrada no palco da vida, como ela seria?
Porque refletir sobre isso não é egoísmo. É responsabilidade emocional.
A vida não espera que você esteja pronta. E, se você continuar esperando que todos os sinais externos te digam que agora, finalmente, é sua vez, é bem possível que essa hora nunca chegue.
O maior dos sacrifícios
Viver uma vida inteira sem se perguntar “de quem é essa história?” talvez seja o maior dos sacrifícios.
E sabe qual é a verdade mais libertadora e, ao mesmo tempo, mais desafiadora? Que ninguém além de você pode tomar essa decisão.
Ninguém vai te entregar a chave.
Ninguém vai te chamar pro palco.
Se você pudesse escolher, hoje, o que colocaria no centro da sua vida?
O que você tem adiado, esperando uma hora certa que nunca chega?
Que pequeno passo você pode dar, ainda hoje, pra começar a escrever sua própria história?
Talvez, você tenha esperado muito tempo que alguém te autorize a escolher.
Mas essa permissão nunca vai vir de fora. Ela precisa vir de você.
E, se ninguém te chamou pro palco até agora… eu te convido a se chamar.
Porque viver à espera da cena perfeita, do momento certo ou da aprovação dos outros é escolher ser figurante na própria história.
A sua vida não é um ensaio. Ela está acontecendo agora.
E a pergunta que fica é: você quer continuar no camarote, assistindo ou quer, finalmente, assumir seu lugar no palco?
A escolha é sua. E ela pode começar agora.