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Por que o Real Madrid fechou uma parceria com a Louis Vuitton

Em uma associação formal entre a marca de roupas de luxo mais reconhecida do mundo e o clube de futebol mais histórico da Europa, a Louis Vuitton anunciou na última semana uma parceria com o Real Madrid. Mas não é a primeira vez que a grife francesa se envolve com o esporte. Em 1998, criou uma bola comemorativa para a Copa do Mundo da França, e desde 2010, projeta a caixa de viagem do troféu do torneio.

Tendo Pharrell Williams como diretor criativo da coleção masculina desde 2023, também é envolvida com estrelas do futebol tais como Jude Bellingham, Marcus Thuram, Jadon Sancho, Jules Kounde e Trent Alexander-Arnold, a principal contratação do Real Madrid para o verão de 2025; todos estiveram presentes em seu primeiro desfile. Não à toa, na coleção de primavera-verão 2025, incluiu um par de “tênis de futebol” com preços exorbitantes de R$ 6.570,00.

Marca icônica, a Louis Vuitton ainda serviu de inspiração para outro time: Paris Saint-Germain, que em 2011 lançou um uniforme alternativo inspirado nas cores e no design da grife — mesmo sem um vínculo oficial. Considerando a cidade natal compartilhada e a ênfase na moda, o PSG também poderia ser um candidato ideal para a primeira parceria oficial da empresa com um clube. Segundo o consultor de negócios esportivos Daniel-Yaw Miller, a parceria com o Real Madrid, porém, era mais óbvia dado o prestígio do clube espanhol e as grandes marcas pessoais de seus craques.

“A Louis Vuitton sempre teve pequenas relações com o esporte”, disse Miller ao The New York Times. “Seja criando vitrines de troféus ou lançamentos limitados em ocasiões especiais. Há alguns anos, no entanto, a LVMH, empresa controladora da Louis Vuitton, decidiu que o esporte seria seu principal impulso cultural.”

De olho no esporte – e nos craques

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Disso veio, por exemplo, veio o impulso da marca nas Olimpíadas de Paris, onde foram patrocinadores premium, desembolsando altas quantias para deixar a marca bastante visível e o suposto US$ 1 bilhão que pagaram para patrocinar a Fórmula 1 por 10 anos. Mas sabem que se quiserem aparecer em um cenário global, tem que se associar ao futebol e não há entidade maior que o Real Madrid.

Assim, começaram a trabalhar de forma semelhante à que fizeram na Fórmula 1, vestindo Jude Bellingham informalmente para certos eventos antes de torná-lo embaixador oficial, como fizeram com Lewis Hamilton (que acabou como embaixador da Dior, outra marca da LVMH, em 2024). O craque do Real Madrid acertou parceria com a Louis Vuitton logo após seu companheiro de equipe na Inglaterra, Jack Grealish, assinar um contrato de sete dígitos para se tornar embaixador da Gucci, em 2022.

Bellingham — que também está ligado à Skims, marca de roupas de Kim Kardashian — foi o terceiro grande atleta a assinar como “amigo da casa de moda”, logo depois do atual campeão de tênis de Wimbledon e Roland Garros, Carlos Alcaraz, e do astro do basquete da NBA, Victor Wembanyama. No ano passado, tiveram ainda o tenista Rafael Nadal, que se juntou ao rival de longa data, Roger Federer, para uma sessão de fotos organizada pela Louis Vuitton na Itália.

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Embora historicamente, a maison francesa não tenha como público-alvo o público jovem, apoiar esses jogadores do Real Madrid é um selo de aprovação entre esse público já que nomes como Bellingham, Kylian Mbappé e o brasileiro Vinicius Junior e até o estreante Alexander-Arnold – frequentemente visto em eventos de moda – são adorados pela Geração Z. Foram serem excelentes produtores de conteúdos nas redes sociais, especialmente os jogadores de alto nível do Madrid que postam imagens usando Louis Vuitton tiradas de seus próprios iPhones.

Expectativa para o Mundial

Agora, a Copa do Mundo de Clubes nos Estados Unidos será a primeira oportunidade para o time europeu mostrar esta nova colaboração. De acordo com um comunicado de imprensa, “a coleção será usada pelas equipes e inclui roupas sob medida, calçados, acessórios e malas” usados ​​em viagens e eventos.

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A LVMH reportou receitas de € 20,3 bilhões (US$ 23,5 bilhões na taxa de câmbio atual) no primeiro trimestre no mês passado, uma queda de 2% em relação ao mesmo período de 2024. Parte disso se deve à queda de 5% nas vendas da divisão de moda e artigos de couro da empresa, sendo a Europa o único mercado que registrou crescimento (2%). De acordo com Miller, impulsionar a marca para novos públicos é a forma como a LVMH tenta impulsionar uma nova onda de encantamento em torno de sua grife principal.

“Por muito tempo, as grifes de luxo acreditaram que a exclusividade de suas marcas geraria negócios suficientes para gerar lucro, apesar do alto preço”, diz Miller. “Mas, nos últimos três ou quatro anos, as marcas de luxo têm lutado para acompanhar o ritmo. As vendas e os lucros vêm caindo, então a LVMH está buscando novos caminhos culturais para gerar entusiasmo.”

Diante de um novo público nos Estados Unidos, talvez não haja melhor momento para a Louis Vuitton anunciar a parceria, já que o Real Madrid busca se tornar o primeiro vencedor da reformulada, amplamente expandida e remarcada Copa do Mundo de Clubes da FIFA.

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