Na quinta-feira, 30, o Palácio de Buckingham anunciou a retirada dos títulos reais do Príncipe Andrew, agora somente Andrew Mountbatten-Windsor, e que ele será expulso das residências reais. A notícia já era esperada pelos ingleses, mas segundo fontes da família real, a decisão tomada pelo Rei Charles III foi pressionada pelo Príncipe William e Kate Middleton. Além disso, a saída da realeza facilita as investigações sobre as acusações de pedofilia e envolvimento com o caso de Jeffrey Epstein. As informações são dos jornais britânicos Daily Mail e Daily Mirror.
Nas últimas semanas, a mídia britânica já havia divulgado que o príncipe e princesa de Gales estavam desconfortáveis com a presença de Andrew em eventos e começaram a ‘pressionar’ o rei Charles III para que ele declarasse a retirada dos títulos. A motivação principal foi o lançamento do livro de Virginia Giuffre, que expõe um suposto abuso praticado pelo ex-membro da família real no começo dos anos 2000. Segundo a autora, ela foi abusada por Andrew e Jeffrey quando era menor de idade. Após a divulgação da obra, outras polêmicas envolvendo o ex-duque de York, como não pagar o aluguel da residência real, pressionou o Duque de Gales a expulsar o irmão da monarquia.
Após o anúncio oficial, o trabalho da polícia internacional para investigar as acusações e, talvez, condenar Andrew fica ‘mais fácil’, agora que ele não é mais protegido pela família real. Segundo Andrew Lownie, especialista no tema, a história está longe de acabar e que o ex-príncipe foi “jogado aos leões” pelos parentes. “Acho que ainda virão muitas revelações, mas pelo menos estão tomando algumas atitudes decisivas. Então, não acho que acabou para ele”, declarou.