A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda-feira, 6, o quinto suspeito de ter participado do assassinato do ex-delegado geral Ruy Ferraz Fontes. Felipe Avelino de Souza, mais conhecido como Mascherano, foi detido em Cotia, na região metropolitana de São Paulo.
“Mascherano, um dos criminosos envolvidos na morte do ex-delegado-geral Dr. Ruy Ferraz Fontes, foi preso pela Polícia Civil em Cotia, após um intenso trabalho de inteligência em campo. A resposta do Estado é clara: quem atenta contra a ordem em São Paulo será caçado”, publicou o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite.
Segundo a polícia, Mascherano já tinha várias passagens (por roubo, tráfico e ato infracional quando ainda era adolescente) e, de acordo com os registros das autoridades de segurança, é ligado à facção PCC — o Primeiro Comando da Capital.
Além de Mascherano, outras quatro pessoas foram presas por envolvimento no assassinato até agora:
- Dahesly Oliveira Pires: primeira pessoa a ser detida nas investigações. Ela é suspeita de ter levado um dos fuzis usado no crime da Praia Grande, onde o assassinato aconteceu, para Diadema
- Luiz Henrique Santos Batista: apelidado de “Fofão”, é suspeito de ter ajudado na fuga de um dos suspeitos logo depois do crime
- Rafael Marcell Dias Simões: “Jaguar” se entregou à Polícia em Praia Grande no sábado, 20. Ele é suspeito de ser um dos atiradores
- Willian Silva Marques: depois da ordem de prisão ser expedida pela Justiça, se entregou no último domingo, 21, em São Paulo. Ele é dono da residência onde um dos fuzis usado no crime foi guardado. A polícia suspeita que a casa dele serviu de base para a quadrilha
Segundo as investigações, restam dois suspeitos contra os quais foram expedidos pedidos de prisão. Eles continuam foragidos:
- Flávio Henrique Ferreira de Souza: não tem antecedentes registrados, foi colocado na cena do crime pela presença do seu material genético
- Luiz Antonio Rodrigues de Miranda: teria feito o contato com Dahesly para que ela transportasse um dos fuzis usados no crimel
Umberto Alberto Gomes, outro suspeito, foi morto em confronto com a polícia na última terça-feira, 30, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Ele já tinha a prisão decretada por ordem da Justiça de São Paulo e estava sendo procurado.
Assassinato
Ruy Fontes, pioneiro nas investigações sobre o Primeiro Comando da Capital, o PCC, foi morto em uma emboscada na Praia Grande no dia 16 de setembro. Ele trabalhava como secretário de Administração da Prefeitura da cidade — uma retaliação é uma das hipóteses com que a Polícia trabalha.