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Polícia encontra corpos de homens que desapareceram ao cobrar dívida no PR

A polícia encontrou nesta sexta-feira (19) os corpos dos quatro homens que desapareceram por causa da cobrança de uma dívida no Paraná no início de agosto. Os suspeitos do assassinato ainda estão foragidos, e as investigações continuam.

Eles foram encontrados enterrados na área rural de Icaraíma, no interior paranaense, em uma região de mata fechada, a 500 metros do local em que os investigadores encontraram o carro deles, uma Fiat Toro, também enterrada, no final de semana passado. A região possui muitos bunkers —por se tratar de uma rota do tráfico de drogas no país —, que costumam ser utilizados para esconder substâncias ilegais, já tendo sido feita, no passado, a apreensão de mais de cinco toneladas de maconha escondidas em um desses espaços subterrâneos.

Os corpos de Diego Henrique Afonso, Robishley Hirnani de Oliveira e Rafael Juliano Marascalchi (os cobradores de dívida) e de Alencar Gonçalves de Souza (o contratante deles) foram encontrados enterrados abaixo de plantas. “Percebemos que elas não estavam realmente enterradas e haviam sido colocadas lá apenas pra encobrir os corpos”, informou o delegado Gabriel Menezes, responsável pelo caso.

Os corpos já estavam em estado de decomposição avançada e possuíam marcas de violência, como feitas por disparos de armas de fogo. Eles foram encaminhados para a perícia.

Apesar da descoberta, a situação não encerra o mistério que circunscreve o caso, já que a polícia continua as buscas por Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo (os devedores suspeitos) e possui muitas linhas investigativas

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As equipes policiais iniciaram a mobilização para buscas dos corpos dos desaparecidos às 6h da quinta-feira, 18, após novas informações surgirem, inclusive algumas apontadas em uma carta anônima enviada às autoridades.

Relembre o caso

Três amigos desapareceram após viajarem de São Paulo ao Paraná para cobrar uma dívida de 255 mil reais. Eles foram contratados por um homem — que também está desaparecido — para fazer a cobrança do débito, relativo a uma transação envolvendo um imóvel rural. A polícia trabalha com a hipótese de que os devedores tenham matado os quatro.

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Diego Henrique Afonso, Robishley Hirnani de Oliveira e Rafael Juliano Marascalchi trabalhavam irregularmente há pelo menos 13 anos fazendo cobranças de dívidas de modo agressivo e persuasivo, segundo a polícia. Eles foram contratados por um morador de Icaraíma, no noroeste do Paraná, identificado como Alencar Gonçalves de Souza para que cobrassem o valor de um terreno rural da cidade que ele vendeu à família Buscariollo, moradora da região.

Os três amigos saíram de São José do Rio Preto, em São Paulo, e chegaram a Icaraíma no dia 4 de julho, quando já entraram em contato com os devedores. Sem resultado, eles voltaram no dia seguinte para continuar a cobrança, mas, desde então, perderam contato com os familiares — momento em que o desaparecimento deles foi informado à polícia.

“Os familiares deles contribuíram [com as investigações], mas não conseguem passar informações precisas sobre o negócio porque nenhum dos cobradores esclarecia exatamente a suas esposas qual era o exato objeto da cobrança. Eles falaram para elas de forma genérica que estavam vindo para o Paraná para cobrar uma dívida que tinha relação com um imóvel, mas não passaram para elas as minúcias do negócio que poderiam ajudar nas investigações”, explicou o delegado Gabriel Menezes.

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Enquanto viajavam para o Paraná, os três homens fizeram uma foto no carro (imagem acima) e publicaram nas redes sociais.

Do outro lado, os familiares do contratante, Alencar de Souza, também informaram o desaparecimento dele desde o meio-dia do dia 4. As últimas pessoas que teriam tido contato com ele teriam sido Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, pai e filho respectivamente, quando ele teria cobrado pessoalmente o valor que eles deviam.

Ambos foram ouvidos pela polícia assim que os desaparecimentos foram notificados e disseram não ter qualquer relação com a compra do terreno. Eles teriam indicado outras duas pessoas da família como devedores do caso, mas a polícia não conseguiu confirmar essa versão até o momento, já que não conseguiu encontrar essas pessoas.

Pai e filho foram liberados, mas, em seguida, as autoridades abriram mandados de prisão preventiva contra eles — quando os policiais foram até a casa deles, no entanto, não encontraram mais nenhuma pessoa da família. Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo são considerados foragidos.

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